Os Globos de Ouro deste ano apresentaram um Ricky Gervais bastante mais calmo e mais domesticado. Depois do discurso do ano passado, onde não houve praticamente um ator que não tivesse passado pelo crivo, o humorista por pouco que não foi trocado por outro na cerimónia deste ano, mas a presidente da Associação de Jornalistas Estrangeiros de Hollywood, que atribui os prémios, conseguiu convencer os membros da associação a renovarem o voto de confiança no humorista, e Gervais voltou.
Voltou mais controlado, e brincou com a própria situação: regras – não mencionar Mel Gibson nem o castor de Jodie Foster. Não resistiu a um ‘coisa que nem eu nem nenhum dos homens a quem perguntei alguma vez viu’.
Enfim, lá foi largando mais piadas: os Globos estão para os Oscares como Kim Kardashian está para Kate Middleton: mais barulhenta e mais facilmente comprável.
Brincou com os muitos divórcios recentes – “Que se passa com esta gente? Não são capazes de aguentar 72 dias casados? Algumas destas pessoas aguentaram casados menos tempo do que um discurso de James Cameron.”
Resultado: pouca gente ofendida, pouca gente divertida. É a vida. Ou os Globos.