Apesar do enorme sucesso que causa, Cara Delevingne, 23, parece querer despedir-se de vez do mundo da moda e dedicar-se em exclusivo à carreira de atriz. Algo que não é de estranhar, já que a jovem deu uma entrevista à BBC, o ano passado, e admitiu: ”Pensei que ia fazer moda por apenas um ano, antes de ir para a Universidade. Mas quando funciona, é difícil parar”.
Com apenas 18 anos, deu a cara pela campanha da Burberry ao lado de grandes nomes da moda, como Kate Moss e Eddie Campbell. Daí em diante foi só somar sucessos. Desfilou para marcas de alta costura como Moschino, Oscar de La Renta, Dolce & Gabbana e Chanel; foi capa de inúmeras publicações de moda por todo o mundo; participou no desfile 2012/2013 da famosa marca de lingerie Victorias’Secret; foi nomeada pelo Evening Standard como uma das ”1000 mais influentes de 2011 de Londres” e está em quinto lugar no ranking das ”50 Top Models” do site Models.com.
Neste turbilhão de acontecimentos, Cara nunca conseguiu encontrar o seu lugar e, em entrevista à revista Times, admitiu: ”A moda faz-me sentir oca. Não conseguia ver-me a crescer como um ser humano e eu quase esqueci o quanto era jovem. Quanto mais estava sob os holofotes, menos confortável me sentia comigo própria. É uma coisa mental, se não nos sentimos bem com o nosso corpo, ele vai ficando pior e pior”.
A modelo revelou ainda que desenvolveu psoríase (uma doença de pele) devido ao stress que sentia nos desfiles, o que não lhe dava a confiança e a auto-estima necessária.
Cara destaca, ainda, o facto de a indústria da moda ser hiper sexualidade para as jovens adolescentes. Recorda que quando era mais nova na área não se recusou a fazer posições mais ousadas mas que hoje em dia está ”um pouco feminista”. ”É horrível e repugnante. Quando começamos na moda e somos jovens… Estamos propensas a coisas… Não muito boas”, disse.
Atualmente, a irmã da it girl Poppy Delevingne está a apostar na sua carreira de atriz e admite ”Eu sou muito mais forte do que era. E sinto que a moda, a vida, a rejeição, tudo foi uma preparação para isto. Agora que faço o que gosto, sou a pessoa mais feliz do mundo”.