Charlize Theron é uma das mais bonitas e talentosas atrizes de Hollywood. Mas exibir uma boa aparência não significa que a atriz consiga sempre os trabalhos que quer. Em vez disso, Charlize revelou que é difícil para as mulheres bonitas ficarem com os melhores papéis.
Numa entrevista à revista britânica GQ, da qual é a capa de maio, Charlize falou sobre o preconceito de Hollywood com as mulheres atraentes:
“Os papéis com mais seriedade vão para as pessoas que estão fisicamente certos para eles e esse é o fim da história. Quantos papéis é que há por aí para as modelos altas e bonitas? Quando os melhores papéis aparecem, as pessoas bonitas são dispensadas primeiro.”
O rosto da marca de moda francesa Dior já tinha revelado ao Washington Post que lhe foram recusados vários papéis por ser demasiado bonita. Em 1997, Taylor Hackford, o realizador do filme “O Advogado do Diabo”, ponderou não a escolher para o papel de Mary Ann Lomax por ter “demasiado bom aspecto”.
De facto, são os papéis que conferem aos atores uma mudança visual dramática, são as personagens ‘mais feinhas’, que ganham Óscares. O papel de Charlize em “Monster – Desejo Assassino”, que lhe conferiu um Óscar de Melhor Atriz e um Globo de Ouro em 2004, é a prova disso.
Charlize Theron atacou ainda as expetativas que a indústria cria sobre como as mulheres envelhecem, e que o mesmo não acontece com os homens.
“Vivemos numa sociedade em que as mulheres esmorecem e os homens envelhecem como um bom vinho. Há um padrão irrealista que explica como uma mulher deve estar aos 40 anos”.
Parece que as mulheres de Hollywood têm um dilema que lhes custa o trabalho: se querem encontrar trabalho e destacar-se na indústria precisam de ser bonitas, mas se forem demasiado bonitas não conseguem os melhores papéis nos melhores filmes.