Lady Gaga partilhou com o público uma informação bastante pessoal e delicada.
A estrela, que foi violada aos 19 anos, revelou que sofre de Perturbação de Stress Pós-Traumático (PTSD, na sigla em inglês) primeiramente numa ação de voluntariado junto da comunidade jovem LGBT e depois, com mais pormenores, numa carta aberta publicada no site da sua fundação beneficente, a Born This Way. Uma decisão com a qual se debateu durante cinco anos.
“Há muita vergonha associada às doenças mentais, mas e importante que saibam que há esperança e uma chance de recuperação”, escreveu. “É um esforço diário para mim regular o meu sistema nervoso para não entrar em pânico em relação a circunstâncias que para muitos parecem situações normais da vida”, continuou. “Exemplos disso são [o ato de] sair de casa ou ser tocada por estranhos que simplesmente querem partilhar o seu entusiasmo pela minha música”.
A estrela entrou ainda em detalhes sobre em que outros aspetos o distúrbio a afeta, incluindo experiências de dissociação.
“Isso quer dizer que a minha mente não quer reviver a dor, portanto olho fixamente para o nada. Como os meus médicos me ensinaram, não consigo expressar os meus sentimentos porque o meu córtex pré-frontal (a parte do cérebro que controla o pensamento lógico e ordeiro) é dominado pelas amígdalas cerebelosas (que guardam a memória emocional)”, continuou. “O meu corpo está num lugar e a minha mente noutro. É como se o acelerador de pânico na minha mente ficasse preso e eu fico paralizada de medo”.
Gaga, que se recusa a ser definida pelo diagnóstico, partilhou a sua história para ajudar os outros a lidarem melhor com as suas próprias batalhas e a não se sentirem sozinhos na luta contra a doença.
“Tadicionalmente, muitos associam a PTSD a uma condição enfrentada por homens e mulheres bravos que servem países por todo o mundo. Enquanto isso é verdade, procuro conscencializar a população para o facto de se tratar de uma doença mental que afeta todo o tipo de pessoas, incluindo os nosso jovens”, disse. “Ninguém deve ter a sua dor invísivel ignorada”.