Na altura da sua morte, Prince tinha em sua posse “uma quantidade considerável” de analgésicos opioides para os quais não tinha receita.
Documentos judiciais relacionados com a investigação à overdose acidental que vitimou o cantor, que vieram recentemente a público, levantam o véu sobre os métodos a que este recorria para esconder o seu vício em analgésicos opioides.
Segundo o ‘The New York Times’, os investigadores encontraram medicamentos escondidos em frascos de vitaminas ou de aspirinas. Além disso, apreenderam 20 comprimidos brancos rotulados como ‘Watson 853’, uma mistura de paracetamol e hidrocodona, num frasco de Aleve, um fármaco usado para tratar dores e inflamações. Mais tarde, descobriram que na verdade este último conjunto continha fentanil, a droga apontada como a responsável pela morte do cantor.
Os relatórios não resolvem o mistério de como Prince conseguiu acesso ao fentanil mas, de acordo com a publicação, parece que é esse o rumo que a investigação vai tomar.
Algumas das receitas estavam em nome de Kirk Johnson, amigo e funcionário de longa data do artista, que viria a encontrar o seu corpo no dia 21 de abril de 2016, num elevador de Paisley Park.
Em várias ocasiões Johnson, que tinha acesso ilimitado à famosa propriedade, disse às autoridades que tinha conhecimento limitado da dependência de drogas de Prince. No dia anterior à sua morte, alega que foi buscar três receitas prescritas pelo Dr. Michael T. Schulenberg de medicamentos usados para tratar a ansiedade.
“Foi a primeira vez que ele fez algo deste género para o Prince”, pode ler-se nos documentos judiciais.
Ainda ninguém foi acusado da morte do artista.