
Jane Fonda nasceu a 21 de dezembro de 1937, já lá vão 80 anos, e tem tido uma vida digna de alguns dos filmes que protagonizou. Filha de outra estrela cinematográfica, Henry Fonda, viu a mãe, Frances, suicidar-se após anos de luta contra problemas mentais, tinha Jane apenas 12 anos. Marcada pela tragédia familiar, Jane viveu sempre entre a solidão e a insegurança e, mesmo após a ascensão ao estrelato da passadeira vermelha, teve que enfrentar vários demónios, entre os quais a bulimia ou o abuso sexual.
É por essas e por outras peripécias que, conta à revista People, nunca pensou viver até muito tarde, e nem sequer conseguia imaginar-se com 30 anos. Agora, meio século depois de lá ter chegado, sente-se feliz por continuar “vibrante, saudável e ainda a trabalhar“, um cenário que já havia descrito no programa de Ellen DeGeneres como quase milagroso: “não sei como sobrevivi”, confessou na altura, acrescentando agora que assumiu “que não ia viver muito tempo e que morreria sozinha e viciada em alguma coisa“. A verdade é que continua viva e muito ativa, como provam as participações na série cómica Grace and Frankie (que lhe valeu uma nomeação para os Emmy Awards) e no filme Our Souls at Night, que protagoniza com Robert Redford, ambos da Netflix.
Jane, que foi casada três vezes, fala também do que aprendeu sobre o amor – “se não te sentires vista, segura ou observada, sai [da relação]” -, sobre arrependimentos (não ter estado mais próxima dos três filhos) e sobre o ativismo político que lhe tem marcado a carreira, principalmente na defesa dos direitos das mulheres.