Salma Hayek partilhou recentemente uma história com Oprah Winfrey que ainda não tinha contado ao mundo: Harvey Weinstein ameaçou partir-lhe as rótulas porque a atriz recusou os seus avanços sexuais.
“Ele disse-me que queria matar-me”, contou Hayek nas gravações de ‘Oprah’s SuperSoul Conversations’ em Nova Iorque. “Ele disse à Julie Taymor [realizadora de ‘Frida’]: “vou partir as rótulas daquela p**a'”
A estrela de Hollywood detalhou o alegado assédio sexual de que foi vítima às mãos de Weinstein num longo texto para o ‘The New York Times’, publicado em dezembro de 2017, em que descreveu a provação por que passou durante a rodagem do filme da Miramax ‘Frida’ em 2002. Contudo, dois meses antes, foi contactada pelo jornal para participar no artigo inicial que expunha as práticas de má conduta sexual do produtor cinematográfico.
“Eles contactaram-me para fazer parte da primeira história e, só por este contacto, já havia comoção e comecei a chorar quando perguntaram, e acabei por não fazê-lo”, explicou a Oprah. “E depois senti-me envergonhada por ter sido cobarde. Eu apoiava as mulheres há duas décadas, e depois fui uma cobarde”, continuou. “Quando a informação sobre o Harvey saiu, senti-me envergonhada e não disse nada. Mas senti que a minha dor foi tão pequena em comparação com todas as outras histórias”.
Salma disse que sentiu medo de partilhar a sua história durante a onda inicial contra Weinstein devido às suas experiências passadas de agressão sexual.
“Ele não foi o primeiro tipo a fazer-me isto”, explicou. “Eu era muito esperta perto dele. Lidei com as coisas muito bem. E talvez tenha sido por isso que ele não me violou”.