Após revelar ser imunodeprimida e viver com o pai, que luta contra uma leucemia em estado avançado, Evangeline Lilly chocou tudo e todos ao se recusar a cumprir o isolamento social. “Eu tenho dois filhos jovens. Algumas pessoas valorizam mais as suas vidas do que a sua liberdade, e algumas pessoas valorizam mais a sua liberdade do que a própria vida. Todos fazemos as nossas escolhas“, chegou a dizer.
Agora, a atriz de 40 anos veio explicar-se e pedir desculpa, através das redes sociais.
“Estou a escrever de minha casa, onde tenho estado em isolamento social desde 18 de Março – quando o distanciamento social foi instituído na pequena comunidade em que atualmente vivo. Na altura da minha publicação, a 16 de Março, as diretrizes das autoridades aqui eram que não se concentrassem grupos de mais de 250 pessoas e que lavassemos regularmente as mãos, algo que fazemos. Dois dias depois, as diretrizes mudaram e, apesar da minha intensa apreensão perante as consequências económicas e políticas desta ação, SAIBAM QUE EU ESTOU A FAZER A MINHA PARTE PARA DIMINUIR A CURVA, A PRATICAR O DISTANCIAMENTO SOCIAL, MANTENDO-ME EM CASA COM A MINHA FAMÍLIA.
As minhas mais sinceras desculpas pela insensibilidade que mostrei na publicação anterior perante o real sofrimento e medo que o mundo vive, devido à COVID-19. Avós, pais, filhos, irmãs e irmãos estºai a morrer. O mundo está a tentar encontrar uma forma de parar esta verdadeira ameaça e o meu silêncio passou uma mensagem desdenhosa, arrogante e enigmática. As minhas mais sinceras desculpas aos mais afetados por esta pandemia. Nunca vos quis magoar. Quando escrevi aquele post, há 10 dias, acreditei estar a transmitir calma no meio da histeria. Vejo agora que estava a projetar os meus próprios medos numa já assustadora e traumática situação.
Entristece-me a constante perda de vidas e as decisões impossíveis que todos os profissionais de saúde do mundo têm de tomar, ao tratar todos os afetados. Estou preocupada com as nossas comunidades, os pequenos negócios e famílias a viver deles, e tento seguir as recomendações responsáveis de como ajudar. Como muitos de vocês, receio o rescaldo político desta pandemia e rezo por todos nós. Ao mesmo tempo, aquece-me o coração ver a beleza e humanidade que vejo tanta gente a demonstrar neste momento vulnerável. Quando estava a lutar contra os meus medos do distanciamento social, uma bondosa e sábia pessoa disse-me: ‘fá-lo por amor, não por medo’ e isso ajudou-me a entender o meu lugar no meio de tudo isto. A enviar amor para todos vós, mesmo que não o consigam retribuir para já”.