Dia 19 de setembro marca a derradeira despedida a Isabel II. Declarado feriado nacional, cumpre-se uma cerimónia onde tudo foi pensado ao detalhe para que os ingleses possam chorar a sua rainha, aquela que protagonizou o mais longo reinado da monarquia britânica.
É na Abadia de Westminster que acontece a missa do funeral de estado de Isabel II, presidida pelo seu reitor, David Hoyle. O caixão da monarca foi transportado para esta abadia em cortejo militar acompanhado pelo rei Carlos III, pelos irmãos e pelos filhos, William e Harry. A urna seguiu numa carruagem de artilharia com 123 anos, usada no funeral da rainha Vitória, em 1901.
Apesar desta ser uma cerimónia de Estado, que conta com cerca de dois mil convidados, entre eles líderes e monarcas internacionais, é, também, uma cerimónia pensada pela rainha Isabel II para a sua família. Tendo sido ela o pilar inabalável da família real inglesa, hoje todos os que dela fazem parte prestam-lhe a sua última homenagem de forma muito própria. Todos eles estão reunidos na Abadia de Westminster, inclusive os filhos mais velhos de William e Kate, o príncipe George e a princesa Charlotte.
Será ao fim do dia, depois de vários cortejos e de uma última missa pública na Capela de São Jorge, que a família terá um momento mais privado, pelas 19h30. Nesta cerimónia íntima, o corpo de Isabel II será enterrado na capela memorial do Rei Jorge VI, em Windsor, onde estão enterrados os seus pais. É também lá que estão guardadas as cinzas da sua irmã, a princesa Margarida. O corpo do príncipe Filipe, que esteve temporariamente no jazigo real da Capela de São Jorge, vai ser então movido para a capela memorial, onde permanecerá para sempre junto da rainha.