
Taylor Swift já nos habituou ao tom confessional das suas músicas, mas o último álbum, Midnight, lançado no passado dia 21 de outubro, é o expoente máximo dessa transparência onde a artista se revela nos seus vários lados lunares. O primeiro single do álbum, Anti-Hero, é exemplo perfeito desta afirmação, sendo uma música totalmente autibiográfica e reveladora das batalhas emocionais que Taylor Swift tem travado.
Os distúrbios alimentares são uma delas e estão bem retratados no vídeoclip desta música, onde podemos ver Taylor Swift a debater-se com o drama de subir a uma balança, que lhe dá sempre o mesmo resultado – “gorda”. No documentário da Netflix sobre a cantora, Taylor já tinha abordado o tema, confessando o impacto que os comentários mais negativos sobre o seu corpo tinham em si: “Não é muito bom para mim ver fotos minhas, todos os dias. Se me acho demasiado grande nessas fotos, ou se oiço comentários sobre o meu peso, simplesmente deixo de comer”, dizia.

Os fantasmas dos complexos com o corpo juntam-se, nesta música, à depressão, sendo a primeira vez que a cantora usa este termo para descrever os momentos mais sombrios que tem vivido. “Tenho esta coisa de ficar mais velha, mas nunca mais sábia / Meias-noites tornam-se nas minhas tardes / Quando a minha depressão trabalha no turno da noite”, canta uma Taylor Swift sem medo das palavras, numa música onde assume as suas inseguranças e pensamentos mais pesados.
“Penso que ainda não tinha aprofundado as minhas inseguranças com tanto detalhe. Não quero soar demasiado obscura, mas luto com a ideia de não me sentir uma pessoa”, afirmou nas suas redes sociais, antes do lançamento do disco. Esta verdade que imprime a tudo o que faz parece ressoar junto do público. Na verdade, a artista bateu o recorde do álbum com o maior número de streams num só dia na história do Spotify, feito que lhe valeu mais uma conquista na indústria musical.