A curiosidade à volta da autobiografia de Harry, que será lançada no próximo dia dez em todo o mundo, é cada vez maior e o The Guardian terá tido acesso a uma cópia do livro, apesar do secretismo mantido em torno do mesmo. E do que leu, destaca um episódio de violência entre William e Harry, ocorrido em 2019, na então casa dos duques de Sussex, em Nottingham Cottage, situada em Londres.
Na altura, William terá ido ter com o irmão para falarem sobre a “catástrofe” que o seu relacionamento com Meghan desencadeou. Terá chegado já irritado e terá ouvido da boca de Harry que se estava a comportar como um herdeiro e não como um irmão mais velho. Depois de uma troca de insultos, o The Guardian conta que Harry terá desvalorizado William, quando este lhe disse que só queria ajudar, o que deixou o príncipe de Gales ainda mais zangado.
Neste momento, Harry foi para a cozinha, segundo relata no seu livro, e ofereceu um copo de água ao irmão, para este se acalmar. “Ele pousou o copo, chamou-me outro nome, depois atirou-se a mim. Tudo aconteceu depressa. Muito depressa. Agarrou-me pelo colarinho, arrancou o meu colar e atirou-me ao chão. Caí em cima da tigela do cão, que se partiu em pedaços debaixo das minhas costas, cortando-me. Fiquei ali estendido por um momento, confuso, depois levantei-me e disse-lhe para sair”, escreveu Harry, citado pelo jornal britânico.
William terá, então, incentivado Harry a ripostar, mas o duque de Sussex recusou-se a fazê-lo. William foi-se embora, mas regressou pouco depois, “parecendo arrependido”, e pediu desculpas. Contudo, de acordo com o The Guardian, o príncipe de Gales pediu a Harry para não contar o sucedido a Meghan. “Queres dizer que não preciso de lhe dizer que me atacaste?”, questionou. Ao que William respondeu: “Não te ataquei, Harold”.
O título original desta autobiografia – Spare – deve-se a uma frase proferida pelo rei Carlos III, aquando do nascimento de Harry. “Maravilhoso! Agora deste-me um herdeiro e um suplente — o meu trabalho está feito”, terá dito o monarca a Diana, dando continuidade à ideia que prolifera nos círculos aristocráticos britânicos, sobre a necessidade de haver um herdeiro e um suplente para a continuação da monarquia.