A 66.ª edição dos Grammy Awards, que decorreu no passado domingo, 4 de fevereiro, contou com vitórias históricas, atuações encantadoras de novos artistas, canções comoventes de veteranos lendários e até mesmo algumas surpresas. Aqui ficam alguns dos momentos mais marcantes:
O regresso de Celine Dion
Celine Dion, que luta contra uma doença neurológica rara chamada síndrome da pessoa rígida, surgiu dos bastidores para entregar o último prémio da noite. A cantora foi recebida com uma ovação em pé.
“O que quero dizer é que estou feliz por estar aqui. A sério, do fundo do coração”, disse, tendo recebido ainda mais aplausos. “Aqueles que foram abençoados o suficiente para estar aqui nos prémios Grammy nunca devem subestimar o tremendo amor e alegria que a música traz às nossas vidas e às pessoas de todo o mundo”.
A seguir, a estrela entregou o galardão de Álbum do Ano a Taylor Swift, por “Midnights” — um histórico quarto prémio para a jovem artista.
De recordar que Dion, 55, foi obrigada a cancelar uma série de espetáculos devido à condição, um distúrbio progressivo para o qual não há cura. Os sintomas incluem rigidez dos músculos no torso, braços e pernas, sendo que se sabe que ruído ou sofrimento emocional pode desencadear espasmos.
Joni Mitchell, Tracy Chapman e Billy Joel
Joni Mitchell, 80, canta a balada folk “Both Sides Now” desde os 23 anos. Ainda assim, sempre que o faz, parece que é a primeira vez. Nos Grammys deste ano, foi mesmo. O momento, que levou o público às lágrimas, marcou a primeira performance da artista na cerimónia de entrega de prémios. Exibindo um alcance vocal impressionante, que trabalhou para fortalecer desde que sofreu um aneurisma em 2015, Joni protagonizou um verdadeiro momento de superação.
Tracy Chapman fez uma interpretação comovente do clássico de 1988 “Fast Car” ao lado do astro country Luke Combs, que foi catapultado para a fama graças a um cover da música. Foi uma aparição pública rara para Chapman, que levou a audiência ao rubro.
Já Billy Joel fechou a noite com a primeira atuação ao vivo do seu primeiro single original em quase duas décadas, “Turn The Lights Back On”.
Jay-Z critica abertamente a Academia
Jay-Z subiu ao palco com a filha mais velha, Blue Ivy Carter, para aceitar o prémio Dr. Dre Global Impact. Uma distinção atribuída “pela infinidade de conquistas ao longo da sua carreira inovadora de várias décadas”, fez saber a organização.
O rapper aproveitou o momento para fazer referência ao seu histórico difícil com a Academia, que há muito acusa de marginalizar os artistas negros. Em palco, referiu-se à matemática por detrás do total de vitórias de Beyoncé, acumuladas principalmente nas categorias de R&B e género urbano contemporâneo. De fora, ficou o prestigiado Álbum do Ano, apesar de ter recebido algumas nomeações.
“Pensem nisso, mais Grammys do que qualquer outro artista, mas não um de Álbum do Ano — isso não faz sentido”, disse. “Alguns de vós vão para casa esta noite e sentir-se-ão como se tivessem sido roubados. Alguns de vós poderão ser roubados”, continuou, entre risos.
Taylor Swift anuncia novo álbum
Um dos momentos mais virais da noite não está relacionado com os prémios Grammy em si. Ao aceitar o deu primeiro troféu da noite, Taylor Swift anunciou que tem um novo álbum a caminho.
“Só quero agradecer aos fãs contando-lhes um segredo que tenho guardado nos últimos dois anos: o meu novo álbum chega a 19 de abril”, fez saber”. O projeto chama-se “The Tortured Poets Department”. “Vou publica a capa agora nos bastidores”.
E assim foi. A capa chegou às redes sociais e tornou-se viral imediatamente.