Quando disse a algumas amigas que ia fazer uma dermopigmentação às sobrancelhas, as opiniões extremaram-se, o que na verdade não me apanhou desprevenida. Num dos extremos, ouvi “és maluca, as tuas sobrancelhas estão ótimas, vais agora meter-te numa coisa dessas que mexe com a tua cara, que horror”. Do outro, chegou-me um entusiasmado “que fixe, eu também adorava, mas deve ser caro e doer horrores”.
Bem, o certo é que aceitei o desafio e experimentei o tratamento. Resultado: ao verem as minhas ‘novas’ sobrancelhas, em vez dos comentários, surgiram as perguntas. Muitas! E provavelmente questões que são comuns a outras mulheres sobre este assunto. Por isso decidi fazer um ‘apanhado’ de todas e explicar o melhor possível o que é exatamente a dermopigmentação e o que faz às nossas sobrancelhas.
Deve ter doido horrores, não?
Não. Antes do procedimento é aplicado uma pomada à base de lidocaína para que não exista nenhum tipo de desconforto. Depois, a sensação é mais como um leve comichão. Na verdade, quase adormeci durante o procedimento (mesmo!).
Mas estão a pintar-te as sobrancelhas…?
Sim, no meu caso, em que tenho pelos na zona, a melhorar o ‘design’ das minhas e a uniformizar a aparência, para não haver nenhuma falha. A dermopigmentação é uma técnica que consiste em implantar pigmento na camada subcutânea. Como me explicou Angella Lemos, nas mãos de quem me coloquei, “com a evolução técnica e científica atual já não tatuamos as sobrancelhas e sim pigmentamos com consciência do local exato a implantar o pigmento, para obtermos um resultado com aspeto bonito e natural”.
E é usada em muitas situações. Para ‘melhorar’ sobrancelhas normais ou para preencher falhas a nível dos pelos. Ou mesmo para criar sobrancelhas novas para quem, por motivos de saúde, perdeu mesmo os pelos naquela região “A dermopigmentação é capaz de devolver o aspeto saudável perdido ao longo dos anos, com um leque de possibilidades que vai desde a parte estética à paramédica.”
Como sabes que vais gostar do resultado?
Nada foi feito sem ser em estreita colaboração comigo. O processo é partilhado do princípio ao fim. Pelo menos, no caso da minha experiência foi assim e não me parece normal que seja de outra forma, tratando-se das nossas sobrancelhas! Primeiro, são retirados os pelos a mais com pinça ou linha para facilitar o design. Com um espelho na mão, observei a Angella a desenhar a minha futura sobrancelha com uma régua simétrica, um paquímetro e um lápis dermatográfico, com que traçou riscos nas minhas sobrancelhas. “Aqui é o início, aqui deve ser o ponto mais alto e aqui o fim”. Estás a ver? É este desenho que vou fazer”, disse-me e eu tinha ali, à minha frente, um rascunho do trabalho final. Senti-me confortável e avançámos.
Demora imenso tempo a fazer?
Nem pensar. Duas horas e estava fora dali, com as minhas sobrancelhas ‘novas’ e feliz da vida. Claro que, dependendo do tipo de pele ou da falta parcial ou total de pelos, o procedimento pode chegar às duas horas e meia.
O efeito dura quanto tempo?
Dura um ano sendo que, regra geral, após o primeiro procedimento é necessário um retoque após trinta dias (claro que, em alguns casos, em que a pele não permitiu uma boa fixação do pigmento, pode ser necessário um segundo retoque 60 dias depois). “As peles que necessitam de pelo menos mais de um retoque são as peles oleosas”, explicou-me Angella. “Após o retoque esse procedimento dura até um ano. E para manter as sobrancelhas sempre impecáveis e com uma cor que agrada às adeptas da dermopigmentação são aconselhados retoques uma vez por ano.”
Claro que se deve fazer a manutenção, porque os pelos não param de crescer, mas o ‘desenho’ ou a ‘forma’ está feita e é só manter tudo no sítio.
É muito caro?
“O mercado da dermopigmentação devido à lei da oferta e procura caiu um pouco sendo que há alguns anos atrás uma dermopigmentação chegava a custar até 500 euros”, explicou-me Angella. “Esse valor não é mais aplicável nos dias atuais por motivos que se prendem essencialmente com a crise económica. No nosso caso, como usamos materiais e equipamentos de primeira linha não nos posicionamos nem muito acima do mercado e nem muito abaixo. O nosso valor é em torno dos 200 euros.”
Mas quem é que não pode fazer?
As pessoas que não estão elegíveis a realização da dermopigmentação são os diabéticos não controlados, sobretudo os do tipo 2 (devido ao lento processo de cicatrização), grávidas, pessoas com alguma alergia, eczema ou prurido na região a ser dermopigmentada.
E imagino, agora estás um ano sem apanhar sol!
Há cuidados claro, mas limitados no tempo: evitar molhar o local micropigmentado durante pelo menos 24 horas; evitar comidas condimentadas e a exposição solar durante os cinco dias a seguir, bem como as saunas, piscinas e banhos de mar durante uma semana. Importante: Não retirar as pequenas crostas que se vierem a se formar e colocar durante três dias o creme hidratante próprio para pós dermopigmentação que nos é fornecido.
Como é que soubeste onde ir?
Aqui é muito importante de facto escolher bem o profissional que vai realizar este trabalho. Infelizmente, na área da estética há muita ‘gato por lebre’ por isso atenção na hora de escolher. Prefira clínicas que estejam claramente identificadas na Internet e desconfiem das “promoções mágicas”, porque nesse caso é bem provável que a economia esteja a ser feita à custa da qualidade dos materiais utilizados (neste caso, dos pigmentos). Informem-se sobre o background de quem vai realizar a intervenção, procurem referências, e aí sim, deem o passo em frente.
No meu caso, quem me fez a dermopigmentação foi a Angella Lemos, da We Care 4 You Clinic, em Lisboa. No caso da Angella, trabalham com um dos aparelhos mais seguros, silenciosos e de tecnologia de ponta que há no mercado, aprovado pela União Europeia -o dermógrafo Linelle Supreme. “A vantagem quando comparado a aparelhos analógicos tradicionais, é que garante uma frequência estável, com pouca vibração e super silenciosa. Todas as perfurações são exatamente do mesmo tamanho e sempre uniformemente espaçadas”, explica Angella. Por sua vez, a escolha recai em pigmentos orgânicos: “costumam ter cores mais brilhosas, mais translucidas, fixam melhor na pele e conseguimos implantá-los com mais rapidez na derme sem gerar lesão na pele; os que usamos são produzidos na Alemanha pela Amiea Internacional, ou seja, além de serem aprovados pela FDA, trazem segurança por serem testados dermatologicamente.”
O conceito WE CARE 4 YOU CLINIC nasceu e foi desenvolvido no meio da pandemia, onde existe cada vez mais a necessidade de promover a saúde e novos hábitos de vida. É por este motivo que a WE CARE 4 YOU CLINIC se baseia na área da medicina funcional integrativa, querendo ajudar na criação de novos hábitos, para que nos possamos sentir bem de dentro para fora. A WE CARE 4 YOU CLINIC assenta em três áreas principais: medicina funcional integrativa (medicina anti-aging, modulação hormonal, nutrição funcional e medicina desportiva); medicina estética (especialidade médica cujo objetivo é melhorar e corrigir, mediante tratamentos, as alterações da pele não provenientes de doenças, como rugas, manchas, cicatrizes e gordura localizada, por exemplo) e estética avançada.