Nunca é cedo para preparar o futuro
Somos o povo do desenrasca e tendemos a atuar em reação aos acontecimentos. Por qualquer motivo, não gostamos muito de preparar o futuro. Não que devamos viver com a cabeça no futuro (e não no presente). Mas nunca é cedo para nos prepararmos, pois quanto mais tempo tivermos melhores serão as decisões que tomamos. Quanto mais cedo começarmos a pensar nas despesas do Natal, mais cedo poderemos:
Planear despesas
Como o Natal é sinónimo, para muita gente, de febre do consumo, temos de agir em antecipação. Assim, poderá fazer sentido definir um orçamento para os presentes de Natal, que deverá incluir quem será contemplado nas trocas de presentes e os valores máximos que estamos dispostos a gastar nas várias compras. Acredite que se não fizer uma “lista de compras” de Natal, irá gastar bastante mais do que é razoável, mesmo que tenha o dinheiro para as despesas. Talvez algumas pessoas fiquem ofendidas por não receberem o presente que costumam, mas… podemos ser criativos e valorar muito mais o tempo e o simbolismo desse dia.
Comprar com tempo
Há quem tenha o hábito de deixas as compras para os últimos dias. Nesses dias temos a urgência de comprar uma lista grande de presentes numa altura em que todas as outras pessoas o estão a fazer. Isto faz com que sejamos mais precipitados, que tenhamos menos tempo para pensar nos presentes, para comparar preços e para procurar alternativas. Por outro lado, se começar a procurar com calma poderá ainda aproveitar alguma promoção ou mesmo visitar alguns outlets que lhe permitem ter acesso a promoções mais agressivas.
Diluir despesas
Se começar a fazer já as suas compras irá conseguir diluir as despesas por vários meses, evitando sobrecarregar o seu orçamento familiar de um mês específico (ou recorrer ao cartão de crédito). Sim, o subsídio de Natal é muitas vezes usado para estas compras, mas ao diluir as despesas talvez consiga poupar parte do valor do subsídio de Natal.
Antes de começar a gastar…
Antes de começar as suas compras poderá fazer sentido definir regras em família e no nosso grupo de amigos. A ausência de regras faz com que assumamos como certa uma regra que talvez não faça tanto sentido. Por exemplo, qual o sentido de comprar umas “bugigangas” para todos os amigos? Por que não seguir a regra do “amigo secreto” e pensar num presente melhor e mais personalizado para aquela pessoa em específico?
Devemos também definir regras em família, especialmente em famílias maiores e com crianças. Como há quem acredite que o Natal é para as crianças, as crianças costumam receber presentes dos pais, avós, tios, do cão e do gato… mais uma vez, poderemos definir regras de despesas, definir limites e encontrar outras estratégias. Por exemplo, por que não subscrever um produto de poupança para onde poderão ser destinados alguns dos presentes? Sim, no início a criança não irá valorizar muito, mas dentro de uns anos percebe que essa poupança vai fazer toda a diferença quando quiser tirar a carta de condução, fazer uma viagem com os amigos ou comprar o seu primeiro carro.
Faz sentido começar a pensar já hoje nas despesas associadas ao Natal. Uma reflexão mais profunda em família poderá levá-lo a concluir que o Natal é muito mais do que dar apenas presentes. É uma festa de família com um significado bastante mais profundo e que é relegado para segundo plano pela febre do consumo.