Provoca tosse, febre, dificuldade em respirar e diferentes tipos de secreções. Quando estes sintomas se agravam, o vírus sincicial respiratório pode desencadear episódios graves de infeções respiratórias como bronquiolites e pneumonias virais. De fácil contágio – basta o contacto direto – todos estamos vulneráveis a este vírus, especialmente no inverno. No entanto, há quem corra risco acrescido – os idosos e as crianças no primeiro ano de vida estão entre os mais fragilizados.
Em Portugal, o Vírus Sincicial Respiratório é a principal causa de hospitalização entre os lactentes. No final do ano passado, entre outubro e dezembro, foram reportados 278 casos de internamento por VSR, 8% precisou de ventilação ou de assistência nos Cuidados Intensivos. Quase metade destas hospitalizações, 47%, tinha menos de três meses de idade e somente 5% apresentava doença prévia, o que nos mostra que o vírus pode afetar mesmo quem está saudável.
Sintomas e grupos de risco
Os sintomas da infeção por VSR confundem-se com os de tantas outras doenças sazonais: febre, tosse, nariz entupido, dificuldade respiratória, secreções e perda de apetite, são os mais comuns. Habitualmente estas infeções são auto-limitadas mas, em grupos mais vulneráveis, pode causar infeções graves como pneumonias e bronquiolites.
Pela fragilidade dos seus sistemas imunitários, as crianças pequenas e os idosos são os mais vulneráveis ao VSR. O primeiro grupo, porque ainda se encontra em fase de desenvolvimento, e no caso do último, porque o sistema imunitário deixa de ser tão eficaz no combate a infeções. Entre os mais novos, existem grupos de risco acrescido – recém-nascidos, lactentes, prematuros e crianças com doenças cardíacas, pulmonares, neuromusculares congénitas ou imunocomprometidas apresentam maior potencial de infeção.
Como prevenir?
A adoção de boas práticas de etiqueta respiratória como o não espirrar ou tossir para as mãos, cobrindo a boca com o braço ou o cotovelo quando o fazemos, a lavagem frequente das mãos, a redução ou cessação da exposição ao tabaco, e a limitação da frequência de espaços fechados ou grandes aglomerados são algumas das medidas que podem reduzir o risco de infeção por VSR.
A par destas, e com provas dadas em múltiplas patologias, a vacinação será sempre a forma mais eficaz de prevenção. Em Portugal, e para o VSR, estão disponíveis três estratégias de imunização. Duas aplicadas a recém-nascidos e lactentes, e uma terceira, ministrada a grávidas entre as 24 e as 36 semanas de gestação, protegendo ambos, mãe e filho.
Independentemente da patologia e do seu potencial de gravidade, a história mostra-nos que será sempre preferível prevenir do que arriscar qualquer ato de cura. Informe-se. Proteja-se e cuide dos seus. Fale com o seu médico e juntos decidam a melhor estratégia de prevenção.
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