Toda a gente passa a vida a dizer-lhe o que deve fazer, mas, e o que não deve? Aqui lhe apresentamos algumas ideias que… não são lá muito boa ideia.
1. Não pense que a vida acabou
Todos os ‘sites’ e psicólogos são unânimes: tudo acabou? Não! Tudo está a começar! Quer tenha descoberto que o seu José mantinha um grandioso caso com a Marília da contabilidade e ainda não se tenha recomposto do choque, ou tenha percebido de repente que não dava mais para manter um casamento que não a satisfazia, a verdade é só uma: será uma oportunidade para começar uma vida novinha em folha (ou quase…). Tudo bem, já não se tem 19, até pode já não se ter 39, nem 49, mas começar começa-se em qualquer idade. É questão de pensar o que é que realmente quer para a sua vida.
2. Não arranje logo um namorado novo
É verdade que essas coisas não acontecem quando nós queremos, mas, segundo o site www.askmen.com, não deve ceder à pressão de amigos bem-intencionados que a aconselham a arranjar rapidamente outra pessoa que a ajude a ‘esquecer’. Não só não ia esquecer como o mais provável é que se dessem os seguintes acontecimentos: a) arranjaria um clone do seu ex e via o filme todo outra vez. b) Arranjava alguém completamente diferente do seu ex e passava o tempo a pensar ‘ai o Vasco não era nada assim’. c) Não conseguiria apaixonar-se pelo segundo, ainda que teoricamente fosse uma excelente pessoa. d) De qualquer maneira, passaria o tempo todo a compará-lo com o seu ex, o que não é bom para ninguém e arruina qualquer relação. Se arranjar alguém, não vá logo à procura do grande amor da sua vida, e perceba que provavelmente será uma pessoa ‘de transição’, e que ele sabe com o que é que conta…
3. Não prolongue o luto
Comece uma vida limpa, sem perder tempo com recriminações e discussões. Se não for mesmo preciso, não alivie a tensão com intermináveis acções judiciais, aconselha a analista Lígia Guerra, no site www.psicologia.com. Isto não quer dizer que negue a raiva, pelo contrário. É preciso sentir raiva, mas não a alimente. Concentre-se em si, não nele. Tire algum tempo para tratar de si, para se mimar. Inscreva-se num ginásio, faça amigos novos, vá passear, mas esqueça as vinganças. Não use as crianças contra ele, não lhe fure os pneus do carro, não lhe empate a vida, e acima de tudo, não alimente a esperança que tudo pode começar de novo e voltar ao que era dantes. Acabou, acabou. Siga em frente.
4. Não abandone os amigos
Não se afaste das pessoas que mais ama precisamente quando mais precisa delas. Rodeie-se de gente que acha que você é linda e fantástica, procure as almas mais otimistas e deixe-se contagiar, e reaprenda o prazer de dar uma boa gargalhada. Desabafe as suas angústias, mas faça tudo para não se tornar na chata obsessiva que fala fala fala e não ouve nada. Ah, e cuidado com as ‘equipas’, tipo: ou estás comigo ou estás com ele, o que pode ser especialmente constrangedor para os amigos comuns. Se sentir que tem mesmo muito para desabafar, procure ajuda especializada.
5. Não se deixe intimidar
Quem sabe da sua vida é você. Esqueça os deprimidos e pessimistas que lhe dizem “Vês vês, eu bem te avisei que ele era um canalha, mas tu nunca acreditaste”, e fuja a sete pés da família que não perde uma ocasião de lhe comunicar que tomou uma péssima decisão, que é uma pessoa muito egoista e que só pensa em si própria. Curiosamente, alerta o site www.divorcesupport.about.com, há quem inveje quem se divorciou. Pode parecer estranho, mas é verdade. Quem mantém com sacrifício um casamento que morreu há muito, pode aproveitar a situação de mártir e criticar quem não faz o mesmo. Ignore. Responda qualquer coisa como”Percebo que essa fosse a melhor solução para si, mas para mim não funcionou” e não deixe que se metam mais na sua vida.
6. Não se vitimize
“Uma das mais importantes lições que vai aprender com o divórcio é que é mais forte do que pensava,” explica o site www.divorce-papers.org. Cuidado para não se deixar aprisionar no papel de vítima, que é muitíssimo viciante: as pessoas carentes são como buracos negros que sugam toda a energia das outras pessoas, e pode ver-se sem apoio numa altura em que mais precisa dos outros. E ainda pior é que se chateia a si própria! Não fique amarga – saia de si, dê atenção aos outros, procure coisas que goste de fazer.
7. Não se esqueça de comer bem
Em quase todos os processos de divórcio há alterações de apetite: há quem emagreça 10 quilos, há quem desate a comer chocolate. É difícil controlar o sistema nervoso, mas tente não deixar que isso a afete de maneira drástica: vá ao ginásio, faça meditação, invista numa massagem, ou encontre a sua forma de descontrair: fazer tricot? Passear ao ar livre? Ouvir música à luz das velas? Jogar computador? O importante é ir ao seu próprio ritmo: esqueça quem lhe diz que devia fazer isto ou aquilo. Aceite sugestões, mas faça o que lhe apetecer. Se possível, tente não comer uma tablete inteira de uma vez…
8. Não mude radicalmente de visual
Agora é que é: agora é que vai ser loura platinada como sempre sonhou! E vestir aquele vestido vermelho coleante tipo Jessica Rabbit! E sair à rua com os olhos pintados de verde-colibri!… Heeee… Tudo bem que a mudança de visual até pode ajudar a começar uma nova vida, especialmente se, como é comum acontecer, tiver perdido peso. Mas não vá com demasiada sede às lojas! Naquela de ‘vou ficar tão gira que ele se vai arrepender mil vezes de me ter trocado’ cometem-se erros fatais. Faça umas ‘nuances’, umas ‘luzes’, uns ‘brilhos’, um novo corte, mas saiba quando parar. Acima de tudo, recorda o site www.womansdivorce.com, é importante perceber que não é o olhar dos outros que a define, e que o facto de estar divorciada só quer dizer que aquela relação não funcionou, não que deixou de ser uma pessoa fantástica.
9. Não culpe todo o sexo masculino
Está bem, o sacana do Vasco fez-lhe as maiores patifarias, mas isso não quer dizer que todos os homens sejam assim…Ter amigos homens nesta altura do campeonato pode ajudá-la a perceber que não deixou de ser atraente.
10. Não perca o pé no trabalho
Uma das mais graves consequências de um divórcio mal resolvido é que o stresse pode afetar de maneira drástica a forma como se trabalha. Não estamos concentradas, não conseguimos pensar em mais nada, damos por nós de dez em dez minutos com lágrimas nos olhos, e, em resumo, trabalhar salva-nos de nos afundarmos mas também é o último sítio onde se queria estar… Não deixe que a situação chegue a este ponto. Se vir que se está a descontrolar, procure ajuda imediatamente. Se puder, tire uns dias e vá arejar.