‘Pansexual’ foi um dos termos mais pesquisados no tradicional dicionário norte-americano Merriam-Webster no último fim de semana. A busca pela palavra aumentou 11.000%. O motivo foi uma revelação de Janelle Monáe na revista ‘Rolling Stone‘.
Capa da edição de maio, a cantora disse que se definia como bissexual até ler sobre pansexualidade e chegar à conclusão que o termo era mais adequado às suas experiências.
“Estou aberta para aprender mais sobre quem eu sou”, disse a artista.
Quem pesquisou pelo termo no Merriam-Webster leu a seguinte definição: “desejo sexual ou atração que não está limitada a pessoas de determinada identidade de género ou orientação sexual.” Mas a explicação ainda é muito parecida com a definição de ‘bissexual’, que, de acordo com a organização GLAAD (Gay & Lesbian Alliance Against Defamation), é “a atração física, romântica e/ou emocional por pessoas do mesmo género ou de outros géneros.”
A diferença está no conceito de fluidez dos géneros. O prefixo ‘bi’ dá a entender que só existem dois géneros, masculino e feminino. Agora vem outro termo para inserir no dicionário: ‘queer’. Existem pessoas que não se identificam nem como homem nem como mulher. Podem estar no meio ou não se reconhecerem em nenhuma destas definições. É o género não-binário ou género ‘queer‘ – é importante salientar que ‘queer’ não significa transgénero, ou seja, não é um termo relativo a quem tem uma identidade de género diferente daquela que lhe foi atribuída à nascença.
A questão é que cada pessoa identifica-se da forma que se sente confortável, e é essa fluidez entre os géneros que o termo “pansexualidade” abrange. São pessoas que se sentem atraídas por outras pessoas, independente da identidade de género escolhida. Daí a preferência de algumas pessoas, como a cantora Janelle Monáe, por usar o termo “pansexual”.