Ninguém fica indiferente a Anitta, quer seja pela sinceridade acutilante ou pelo facto de a sua vida ser um livro aberto. E a cantora voltou a dar que falar no Dia do Orgasmo.
Para assinalar a data, celebrada a 31 de julho, a artista brasileira concedeu uma entrevista à DJ Ju de Paulla e falou sem tabus sobre masturbação feminina. E o tema é para lá de pertinente. Um estudo de 2017, por exemplo, concluiu que as mulheres heterossexuais compõem o grupo demográfico que tem menos orgasmos. No mesmo ano, um trabalho conduzido pela Durex falou em desigualdade entre géneros, uma vez que 20% das mulheres afirmava que não conseguia chegar ao clímax, comparativamente a 2% dos homens.
Os especialistas não têm dúvidas: para acabar com estas disparidades, em primeiro lugar, é importante que as mulheres conheçam bem os próprios corpos. Uma opinião corroborada pela estrela brasileira. “Eu estou sempre a descobrir-me, a tocar-me e a conhecer-me. Tenho vários espelhos que me ajudam”, revelou.
“Ponto U”
Anitta também falou sobre “squirting”, um fenómeno sexual caracterizado pela excreção de líquidos num momento de prazer. “Eu achava que era um mito. É uma sensação muito forte, muito intensa, mas que dá trabalho para fazer acontecer”.
É importante sublinhar que “squirting” não é o mesmo que ejaculação feminina. Demorou algum tempo para que se chegasse a um consenso em relação a isso, mas a comunidade científica concorda que são duas coisas completamente diferentes. Madeleine Castellanos, autora do livro “Wanting to Want”, cita especificamente a consistência como um fator de diferenciação: o líquido produzido durante o “squirting” é expelido pela uretra, enquanto a ejaculação feminina tem uma consistência mais viscosa, como a saliva, e vem diretamente da vagina.
Pode parecer estranho que o canal que conduz a urina para fora da bexiga possa ser estimulado, mas é verdade. Se olhar bem para a anatomia feminina, vai perceber que a uretra está praticamente toda cercada pelo clitóris. Portanto, quando o “ponto U” é estimulado, o corpo bombeia mais sangue para o orifício e inicia-se o processo de produção de fluido nas glândulas de Skene. São esses líquidos que são excretados na ‘hora H’.
“Tens de estar muito lubrificada”, explica Anitta. “Começas pelo clitóris, até estares super estimulada, mas sem ‘chegares lá’. De seguida, inseres os dois dedos, até encontrares uma área circular que tenha a textura de um pêssego”.
O passo seguinte é “bombear até ela encher. Quanto mais cheio, mais duro vai ficar”, explica a artista, salientando que o movimento deve ser o de empurrar para cima e para baixo, intercalado com a estimulação do clitóris. Posteriormente, ele deve ser feito com mais foça e rapidez até que se dê o “squirting”.
Veja a explicação completa no vídeo, acima!