
A pandemia mudou drasticamente as rotinas de muitos casais, que agora têm em mãos a tarefa de tentar equilibrar o trabalho remoto, organizar a casa e tomar conta dos filhos 24 horas por dia, sete dias por semana.
O aumento do peso das responsabilidades reflete-se nos sonhos de consumo, conforme prova um estudo recente, levado a cabo pelo site de reservas de acomodações para férias ou viagens Hoteis.com. A plataforma inquiriu 522 brasileiros, acima dos 20 anos, de todas as classes sociais e de diversas partes do país, que tinham uma ou mais crianças com idades abaixo dos 10 anos. A principal conclusão não deixa dúvidas: se fosse possível, quase metade faria uma viagem sem os mais novos.
Do total de participantes, 43% afirmou ter vontade de viajar sem qualquer tipo de preocupação – e isso inclui os descendentes. Já 30% dos inquiridos não hesitou em revelar que gostaria de fazer um passeio a dois, sem mais ninguém. Mas a ânsia por tempo a sós não vem sem uma pitada de remorsos. O portal também ouviu de 58% dos pais que sentiriam falta das crianças se viajassem sozinhos; e de 35% que sentiriam culpa ao excluir a prole dos planos.
Também houve quem dissesse que não se afastaria dos filhos por nada, mesmo depois de uma quarentena exigente a nível psicológico: muitos inquiridos (39%) responderam que nada os faria mudar de ideias, enquanto outros tantos (26%) até poderiam reconsiderar, mas apenas se tivessem uma garantia de que as crianças estariam em boas mãos.