O nome parece estranho, mas a ideia é simples: gouinage é nada mais nada menos que sexo sem penetração. O termo francês significa “sexo lésbico”, mas é usado para descrever a prática sexual não só entre mulheres, mas também entre qualquer casal.
“O casal estimula-se explorando os sentidos um do outro como o tato e o olfato, para experimentar sensações diferentes e prazerosas para ambos”, explica a psicóloga e sexóloga Carla Cecarello ao portal UOL.
A especialista diz ainda que o sexo heterossexual é muito focado no pénis e que aderir ao gouinage pode ajudar homens e mulheres a descobrir as outras zonas erógenas do corpo, explorar novas formas de prazer e transformar o conceito de intimidade.
“As pessoas estão muito acostumadas ao sexo só com penetração e não erotizam o resto do corpo”, afirma.
A ideia pode parecer semelhante ao que acontece nos preliminares, mas há diferenças, especialmente no que diz respeito ao objetivo. Numa relação sexual ‘convencional’, os preliminares são uma espécie de aquecimento; uma preparação para o momento da penetração, que é considerado o centro de um relacionamento íntimo. Ou seja, os preliminares têm o propósito de criar excitação para o coito em si. Já no gouinage, há prazer e até mesmo orgasmos sem chegar a essa etapa. Trata-se de um ato sexual focado não só na excitação, mas também em sentir prazer.
De sublinhar que gouinage também não é sinónimo de masturbar o parceiro. O segredo é explorar o corpo todo e outros sentidos, além do tato. Os especialistas recomendam que os casais prestem atenção aos cheiros, sons e sabores, com atenção plena ao momento presente, e procurem sentir prazer com eles. Trocar olhares e sincronizar a respiração pode ser bom, assim como estimular as zonas erógenas. As mais conhecidas são o Ponto G, a glande e o saco escrotal. O pescoço, a nuca, as orelhas, os mamilos, o ânus e o períneo também entram na lista das mais sensíveis.
Para estimular, vale tudo. O importante é não ter pressa, uma vez que esta prática pode proporcionar horas de prazer.