São muitas as mulheres que guardam roupas que já não servem, quer seja um minivestido antigo ou um par de jeans dois tamanhos abaixo do atual, na esperança de poderem voltar a usá-las.
É suposto que estas peças sejam uma motivação para atingir o peso ideal e um ‘corpo de sonho’. Porém, têm precisamente o efeito contrário: afetam a saúde mental. Quem o diz é a psicóloga clínica Juhee Jhalani, em declarações ao portal Live Strong. A especialista explica ainda os motivos para este tipo de apego ser mais prejudicial do que benéfico:
- Faz com que se sinta inferior
As roupas apertadas e que já não assentam bem podem fazer com que se sinta inadequada. Além disso, podem desencadear pensamentos autodepreciativos e negativos como, por exemplo, “Eu não sou o suficiente” ou “Eu preciso de ser outra versão de mim mesma”. Esta forma de pensar pode transformar-se rapidamente em pensamentos ansiosos e depressivos. - Reforça ideais de magreza
Por detrás desta prática está a aspiração de alcançar um tamanho mais pequeno ou um corpo mais magro. Algo que apenas reforça a noção distorcida de que perder peso é bom e quanto mais magra, melhor. O peso não deve ditar a saúde física e mental de ninguém. - Pode promover padrões de comportamento disfuncionais
Sempre que abre o armário e vê aquela peça de roupa, está a expor-se a um micro-trauma que desponta ansiedade e sentimentos de baixa autoestima. Quando são severos o suficiente, estes pensamentos autocríticos podem estimular padrões de comportamento disfuncionais, como é o caso de restrições alimentares excessivas e da prática excessiva de exercício físico, que pode prejudicar a saúde física e mental. - Limita a sua capacidade de aceitar o aqui e agora
Quando se agarra à esperança de que algo voltará a servir-lhe no futuro, não está a aceitar quem é no presente. E esperar por uma perda de peso que pode ou não acontecer atrasa a felicidade que merece agora. Não conseguirá estar completamente presente ou viver a vida ao máximo se se focar num futuro que depende da balança.