Pode ser difícil identificar a diferença entre confiança e arrogância. Afinal de contas, estes conceitos têm características semelhantes, incluindo a assertividade e a vontade que determinadas pessoas têm de dizer o que lhes vai na mente.
Além disso, por vezes, quando o comportamento de um indivíduo entra em conflito com estereótipos de noções preconcebidas do seu grupo cultural, a confiança pode ser (mal) interpretada como arrogância. A psicóloga licenciada e terapeuta de casais Heather Z. Lyons explica, num artigo para a plataforma Upjourney, que é importante considerar três diferenças que separam os termos:
- As pessoas confiantes são espontâneas. Ou seja, têm a capacidade de viver o momento e gostam de aprender. Já a arrogância pode deixar as pessoas fechadas para novas experiências e fomentar a crença de que não há nada de novo para deixar;
- As pessoas confiantes são empáticas. A arrogância costuma ser uma defesa contra a insegurança. Um sentimento que pode tornar as pessoas fechadas a potenciais ameaças vindas de terceiros. Isto pode resultar em manifestações de desprezo ou de condescendência para com os outros;
- As pessoas confiantes têm um forte sentido de autoestima. Por outro lado, as pessoas arrogantes podem debater-se com a própria autoestima e usar a arrogância como um mecanismo de defesa.
A especialista frisa que, embora a arrogância possa ser desconcertante, é útil ter em conta que pode não passar de uma fachada para alguém que tem dificuldades em criar ligações interpessoais verdadeiras. “Um pouco de empatia nessa situação pode ter um impacto e ajudar a diminuir a necessidade de arrogância”.