A ordem em que os filhos chegam a uma família diz muito sobre a personalidade de cada um. Isto de acordo com uma teoria desenvolvida pelo renomado psicólogo e investigador americano Frank Sulloway.
O especialista sugere que, embora todas as dinâmicas familiares sejam diferentes, as diferenças na ordem de nascimento tendem a ser influenciadas por dois fatores: competição entre irmãos e investimento dos pais. Catherine Salmon, professora de Psicologia na Universidade de Redlands, nos Estados Unidos, ajuda a compreender melhor este conceito.
O primogénito
Os filhos mais velhos são as cobaias dos pais. Sem irmãos por perto para partilharem a ribalta, recebem todo o seu tempo e atenção, o que faz com que tendam a tornar-se responsáveis, obedientes e conscienciosos. Com a chegada de outros elementos à família, podem adotar um papel de pseudo-progenitores. Enquanto líderes da matilha, costumam desenvolver uma personalidade dominante e independente, e procuram ser bem-sucedidos académica e profissionalmente.
O filho do meio
A criança que vem a seguir ao primogénito deve desenvolver o próprio nicho que a diferencie dos irmãos e atraia a atenção dos pais. O seu posicionamento no meio da família faz com que seja um ótimo negociador e apaziguador. Apesar de tender a ser adaptável, generoso e descontraído, muitas vezes, sente a necessidade de competir com os irmãos pela atenção dos pais. Isto pode levá-lo a recorrer a comportamentos rebeldes como forma de ganhar atenção, bem como a encontrar a sua personalidade através de relacionamentos com amigos e colegas.
O filho mais novo
Quando chegam ao filho mais novo, os pais já sabem o que fazer e têm mais confiança nas suas capacidades, então adotam uma abordagem mais relaxada e branda. O filho mais novo tende a fugir de responsabilidades e a ser o mais mimado de todos. É conhecido por ser carismático, extrovertido, de espírito livre, travesso e por procurar atenção. Está sempre pronto para aventuras e disposto a arriscar.
O filho único
Estas crianças são criadas num ambiente único: sem irmãos por perto, não precisa de se preocupar com partilhar roupas, espaço ou a atenção dos pais. Podem ser mais rígidos e crescer mais rápido porque convivem com muitos adultos. À semelhança dos primogénitos, são os principais destinatários do apoio e da energia dos progenitores, tornando-se independentes, maduros e teimosos.