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Fazer amor
Esqueça a hora da telenovela e o sábado à noite. Claro que isto é como o exercício: se estivermos à espera da altura certa, nunca vai ser a altura certa, por isso alguns terapeutas aconselham mesmo a marcar hora na sua agenda, como para uma consulta no dentista. Pode ser pouco romântico mas funciona.

Enfim, mas se quiser seguir o ritmo das suas hormonas (e não tiver comido demais ao almoço) a melhor altura para fazer amor dizem os fisiologistas é durante a tarde, por volta das 15h. É claro que pode ser pouco fazível dizer ao patrão ‘aguente aí um bocadinho que eu vou ali a casa num pulinho e já volto’ mas dizem os estudos que é neste período em que acontecem os picos de hormonas sexuais no organismo, como a testosterona e o estrogénio. Ah, e a hora é a melhor tanto para homens como para mulheres, por isso não aceite aquela desculpa do ‘ah é a melhor hora para ti mas eu prefiro às 10 da noite’ só porque às 15h joga o Carcavelinhos.



Pedir aos pais para sair à noite
Nunca de manhã. Os pais acham sempre que a noite é uma coisa longínqua e perigosa, e que não faz sentido nenhum gastar tempo e energia numa discoteca quando se tem um dia inteiro para usufruir de coisas interessantes e produtivas, como adiantar os trabalhos de casa e ir ao inglês. Basicamente, a melhor altura para pedir para fazer qualquer coisa à noite (que não seja dormir) é quando um filho se aperceba de que os pais estão bem-dispostos. Ou, então, depois de lhes fazer um favor, em especial a um pai que não perceba de tática nenhuma.
Os melhores favores são:
a) lavar o carro; b) organizar a biblioteca por autores; c) levar-lhe um café ou, ainda, d) falar do Benfica/Sporting/Porto/Olhanense (muita atenção: verificar primeiro se ganhou o último jogo). De repente, diz-se: “Olha, ligou a Mariana.” Escusado será dizer que as palavras ‘sair à noite’ nunca serão pronunciadas. Será sempre: ir à festa de anos do André, ir jantar a casa da Marta, ir ajudar a Joana a fazer babysitting à avó, ir a casa da Matilde ver um filme (de preferência francês). Com pais difíceis, as saídas ‘às prestações’ costumam funcionar melhor: por volta das 11h, telefonamos a avisar que vai haver um prolongamento: fomos convidados para uma noite de tangos argentinos no Hotel Ritz, ou qualquer outra coisa onde eles próprios iriam, acompanhado da seguinte frase: “Nem me apetece muito, mas a Carolina não pode ir sozinha.” Escusado será dizer que há sempre motivo para sair todos os dias: à segunda é a Festa do Pijama, à terça a da t-shirt molhada, à quarta é late night, à quinta a do pink/white/ /blue ou alguém faz anos, às sextas, porque toda gente sai, e ao sábado nem se fala. Ao domingo fica-se em casa a tratar da ressaca e pode-se ir começando outra vez a lavar o carro.

Fazer um plano de Poupança-Reforma
É aconselhável que comece a pensar nisso a partir dos 35 anos. Pense nas viagens às Galápagos que vai fazer aos 80 e nos imensos velhinhos galapaguianos ou tartarugas cheias de charme que vai conhecer.

Fazer exercício

Os PTs dizem que a melhor altura é quando puder, porque se estamos à procura da altura ideal, acabamos por nunca ter tempo. Mas segundo a fisiologia, a melhor altura parece ser cinco horas antes de ir para a cama. Isto porque a temperatura do corpo aumenta antes de se exercitar, e o ideal é que tenha tempo para baixar antes de irmos dormir, para não termos mais insónias do que as que já temos. Ao que parece, no entanto, praticar atividades menos stressantes como ioga, pilates ou alongamentos é permitido.

Cortar o cabelo
Se não quer voltar a ver o seu cabeleireiro nos próximos meses e quer que o corte dure, apareça lá quando a Lua estiver em Quarto Minguante. Se vai lá só para acertar as pontas e quer que o cabelo cresça, apareça depois de um Quarto Crescente. Se deixou o Almanaque Borda d’Água em casa quando fez a marcação ou não se lembrou de verificar o estado da lua, reze para ter calhado na altura que lhe convinha. Se não confere, também não vale a pena deprimir-se, os nossos príncipes de qualquer maneira nem notam que a gente cortou o cabelo.

Acabar uma relação
Sábado de manhã. É a hora menos romântica e mais sensata da semana, a não ser que tenha ido sair à sexta e esteja com uma ressaca daquelas de ver trutas bailarinas com tutus corde- rosa. De manhã tudo parece mais animador, ele tem até segunda para perceber que é mesmo a sério, e não passa o tempo a telefonar-lhe para o trabalho.
Nunca acabe tudo no meio da rua, e nunca à noite, num restaurante romântico, antes de ele lhe entregar um anel de noivado ou uma rosa de plástico em azul turquesa. Não se escolhe um ambiente romântico para acabar um romance. Mas, atenção: se não quer mesmo mais nada com ele, nem sequer lhe atenda o telemóvel. Ele há-de telefonar-lhe todos os dias a chorar e a dizer-lhe que pior que você só a Mata Hari.

Começar tudo com outro/a
Qualquer altura do ano é boa para ‘pedir namoro’ ou se quiserem ‘começar a andar’ (conforme a idade e o estado de espírito) mas especialmente no verão, sobretudo se se tiver menos de 20 anos, porque se tem todo um mês para aprofundar uma relação da qual pode não sair nada e depois vêm as aulas para obrigar a pensar noutra coisa. Pormenor: só se pode ‘pedir namoro’ antes das férias no caso de se ir de férias para o mesmo sítio, porque senão vai cada um para seu lado e em Setembro já ninguém se lembra quem era quem.
No caso de ter mais de 20 anos: é uma boa altura começar a andar suficientemente antes do Natal para se receber um bom presente, ou um pouco antes do Dia dos Namorados para evitar passá-lo em casa a chorar imenso, a comer bolachas de chocolate e a ver o ‘Titanic’ pela quinquagésima vez. É uma boa ideia pedir namoro no Inverno se se tiver a certeza de que vai ser correspondida, porque é muito romântico namorar ao frio, com rolos de vapor entre cada beijo e um casaco fofinho, e passear de noite de mãos dadas como naqueles filmes a preto e branco dos anos 40. Se não se tiver a certeza de ser correspondida, é melhor declarar-se no verão, porque se pode ir para a praia com as amigas e de qualquer maneira nunca se é tão infeliz ao sol.

Vestir roupa justa
Uns dias antes da ovulação. Atenção, não é uns dias antes do período, precisamente aquela altura em que a maioria das mulheres se sente grávida de quatro meses (a não ser que queira mesmo parecer grávida de 4 meses na esperança de lhe darem o lugar no autocarro). Se quiser mesmo estar no seu estado mais esbelto, aponte para uns 16 dias antes do período, altura em que o corpo retém menos água.

Casar
Até pode mesmo ser 31 de julho, especialmente se tiver família no estrangeiro, mas vai depender do tipo de casamento que quer. Se casar por exemplo em Março, não pode usar vestidos decotados e com alças, mas sai-lhe mais barato, encontra o lugar que quiser, as pessoas já se refizeram do Natal, já têm dinheiro outra vez e não lhe oferecem um garfo do faqueiro, não tem de partilhar a paciência, os dias de férias, os sábados e os cartões de crédito com milhares de outras noivas (como em Agosto), quando falam do seu casamento não põem os olhos em alvo (“E se eu disser que não vou, achas que ela se ofende?”), ninguém morre de calor, e pode sempre ir para um país tropical daqueles onde as águas de Março fecham o verão. Claro que se casar em Agosto, tem sempre o consolo de poder escolher o vestido que quiser, mandar vir os primos de Paris e ir em lua-de-mel para mais perto. É uma opção sua.

Ter um filho
No fim da primavera, tipo Maio. Em termos laborais, qualquer época do ano é má, e aos bebés tanto lhes faz nascer em Dezembro ou em Julho. Se tiver um bebé no Inverno, vai gastar balúrdios a aquecer a casa e passar a vida a tentar perceber se o berço está demasiado quente ou demasiado frio, e, além disso, está um tempo péssimo para secar as toneladas de roupa que vai ter de lhe mudar. Se tiver um bebé no Verão, vai passar os maravilhosos dias de calor trancada em casa com um bebé aos uivos, a ver as telenovelas de há 20 anos e com os tios do Luxemburgo a tocarem–lhe à campainha de meio em meio minuto, e além disso o seu filho nunca poderá fazer uma festa de anos decente porque os amigos hão-de estar sempre de férias (pela mesma razão, se puder escolher tente não atirar a data para um faqueles dias tipo 25 de dezembro ou 25 de abril).
Se tiver um bebé no outono, passa-se os meses de verão grávida com aqueles fatos de banho tipo Obelix, e, além disso, sofre-se ainda mais com o calor e os pés inchados, e depois quando o bebé nasce está imenso vento para se ir passear com ele para a rua sem lhe entrar uma pena de pombo ou um papel de gelado pela boca. No fim da primavera já não está tanto frio, e sempre tem dois meses para recuperar antes do verão.

Visitar um bebé
Deixe passar uns meses, até que a mãe se recomponha do susto, e entretanto ligue-lhe a perguntar se ela precisa de alguma coisa. A pior altura é mesmo logo a seguir à criança ter nascido: o bebé nem nos vê e a mãe quer é descansar, está numa hecatombe de hormonas que a fazem ter vontade de atirar a primeira coisa que apanhar à primeira visita, e, em resumo, não vai lá fazer nada.

Tirar fotografias

De manhã cedo ou ao fim do dia. É por isso que muitos fotógrafos contam aquela piada de ‘O que é preciso para tirar uma boa fotografia? Um despertador’. A maioria dos fotógrafos levantam-se de madrugada para conseguirem uma luz menos intensa, quando o sol não está a pique e não há luz direta. Se reparar, a maioria das melhores fotografias que vemos no Instagram ou no Facebook foram tiradas de madrugada ou ao pôr do sol.

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