A síndrome do impostor, um fenómeno psicológico, acarreta sentimentos persistentes de inadequação e dúvida, apesar das conquistas evidentes.
“Indivíduos que têm síndrome do impostor, muitas vezes, atribuem os seus sucessos à sorte ou a fatores externos, desconsiderando a própria competência. Este sentimento enraizado de fraude pode levar à ansiedade, medo de exposição e a um ciclo de trabalho excessivo para provar o seu valor”, escreve a professora de Psicologia Marwa Azab na revista “Psychology Today!.
Mas a narrativa da síndrome do impostor não precisa de ser a única. Qualquer pessoa o poder de reescrevê-la, diz a perita. Eis cinco estratégias comprovadas pela Ciência:
- Reunir evidências de realizações
Comece por criar um espaço e tempo dedicados a compilar provas tangíveis das suas conquistas, como certificados, prémios e feedback positivo.
Além disso, mantenha nesse diário um registo de momentos de crescimento pessoal, destacando os casos em que enfrentou os desafios de frente e saiu vitoriosa. Reveja regularmente esta coleção de evidências para se lembrar das suas capacidades e progresso, ajudando-a a silenciar as dúvidas que a síndrome do impostor muitas vezes alimenta. - Substituir pensamentos negativos por outros melhores
Conteste pensamentos como: “Não sou boa em nada”. Em vez disso, pergunte a si mesma três coisas nas quais é boa. Outro pensamento comum é: “Preciso de trabalhar mais do que todos para alcançar o mesmo sucesso”. Converta esse pensamento num ponto forte: “Tenho uma boa ética de trabalho”. Muitas pessoas que têm sentimentos de impostor acreditam que não pertencem. É útil lembrar que foi selecionada para conseguir esse cargo ou para ser aceite no programa. - Definir o sucesso de forma clara e tangível
Muitas vezes, pessoas com sentimentos de impostor abraçam uma política de sucesso de tudo ou nada. “Devo ser sempre bem-sucedida em todas as minhas funções.” Em vez de estabelecer um padrão irrealista de sucesso perpétuo em todas as funções e empreendimentos, reconheça que o sucesso é multifacetado e dependente do contexto.
Estabeleça metas claras e alcançáveis para cada função ou tarefa específica, descrevendo o que significa sucesso nesses contextos. Entenda que contratempos e desafios são partes integrantes do crescimento e não invalidam o seu progresso geral.
Ao dividir o sucesso em componentes administráveis e reconhecer que não há problema em enfrentar contratempos ocasionais, poderá cultivar uma perspetiva mais equilibrada e aliviar a pressão de manter um nível insustentável de excelência em todos os aspetos da vida. - O que é ser boa o suficiente?
É crucial responder a esta pergunta, porque ela permite implicitamente que a pessoa seja boa o suficiente em algumas tarefas. As pessoas ficam esgotadas quando precisam de destacar-se sempre em todas as tarefas e funções.
Que tarefas devem ser concluídas com desempenho bom o suficiente? O que é ser bom o suficiente, para poder parar quando chegar a esse ponto? ? Isso permite que avance, preservando a sua energia para outras tarefas importantes, como passar tempo com os seus entes queridos. - Gerar um plano compassivo pós-erro
É inevitável que todos cometamos erros. Esforçar-se para ser à prova de erros gera uma ansiedade extrema e perpétua que, ironicamente, leva a cometer mais erros. Escreva um plano compassivo em preparação para erros futuros. Encontre uma pessoa para testemunhar este plano e assine-o.