– Se não pode pagar a pronto pense 30 vezes antes de efectuar um crédito. É que estes nunca são vantajosos financeiramente. O seu único benefício é permitirem-lhe usufruir de um bem agora, quando não teria condições para o pagar. Mas no cenário actual, se não pode ter agora, não tenha.
– Desconfie sempre das propostas fabulosas de créditos que lhe aparecem no correio e dos anúncios de televisão que lhe acenam com a possibilidade de ter muito dinheiro "já". Há uma parte racional de si que sabe perfeitamente que estas instituições não são de caridade e que não lhe vão dar dinheiro a troco de nada.
– Faça as contas aos gastos mensais, mesmo aqueles que não costuma contabilizar, aconselha a Deco. Isto inclui tabaco, café e jornais. Só assim saberá de facto para onde vai o seu dinheiro e pode pensar em formas de reduzir algumas despesas.
– O ideal é que apenas um terço do seu orçamento familiar seja gasto em prestações de crédito.
– Ter uma poupança equivalente a três ou quatro de ordenados deve ser a sua prioridade. Com isto garante alguma margem de manobra para imprevistos, como desemprego e doença. Isto não é fácil mas pode pedir ao seu banco que transfira todos os meses 50 euros para outra conta ou para um depósito a prazo, por exemplo. Desta forma é dinheiro com que não conta.
– Pense na hipótese de poupar para um complemento de pensão privado. É um investimento de 20, 30 anos para complementar o rendimento de uma pensão que já se sabe vai ser menor do que hoje. No site www.medigrulaseguros.pt pode fazer várias simulações de planos poupança reforma. O governo também anunciou os Certificados de Reforma, planos poupança reforma do Estado com benefícios fiscais. Informe-se nos balcões da segurança social.
– Não faça créditos para pagar créditos. É uma espiral de difícil saída. De facto, o melhor é devolver todos os cartões de crédito que tem, assim evita tentações de qualquer espécie.
– Se estiver em dificuldades, não se isole e peça ajuda. Aos pais, aos amigos e a instituições de solidariedade. Contacte os departamentos de Acção Social da sua junta de freguesia.