– "Há 25 anos recebíamos em dinheiro. No princípio do mês, dividia-o por envelopes correspondentes às despesas com água, luz e gás, renda da casa supermercado, até para a carne! Para o resto das despesas gastávamos do que sobrava – quando sobrava. Hoje recebe-se e paga-se de outra maneira, mas este método ainda pode ser usado. Dá-nos uma ideia real das despesas fixas e do dinheiro de que dispomos." Helena Martins, 48 anos.
– "Quando vou ao restaurante, se sobrar comida, peço uma caixa para levar para casa. Aproveito o pão duro: ponho na picadora, junto-lhe salsa ou coentros e tenho um óptimo pão ralado. Reduzo sempre a fruta tocada a batido ou sumo." Marta Lopes, 38
– "Quando vou tomar duche, enquanto me dispo e a água aquece, ponho um balde debaixo da torneira e aproveito-a para a sanita. Sempre que possível, eu e o meu marido vamos juntos de carro para o trabalho, para poupar gasolina." Alice Dias, 31
– "Não compro muita roupa mas, quando o faço, vou outlets, onde é mais barata. Tento comprar peças mais intemporais para não ficar fora de moda de um ano para o outro." Mariana Oliveira, 37 anos
– "Tenho três filhos de idades muito próximas. Enquanto eles eram mais pequenos, dava-lhes banho ao mesmo tempo. Era uma festa para eles e sempre poupava água." Luísa Tavares, 40 anos
– "Faço as compras grandes uma vez por mês e tento, na medida do possível, não pôr mais o pé em hipermercados. Quando acabou, acabou: aproveito o que houver na despensa." Sofia Martins, 27 anos
– "Tirando a casa, não tenho outros créditos. Almoço muitas vezes em casa já que moro perto do trabalho", Clara Santos, 33 anos
– "Adoptei uma filosofia de vida mais despojada: não tenho máquinas de café ou robots de cozinha sofisticados, DVD ou LCD. Cortei com a televisão por cabo e substituí a ligação à Internet por uma móvel mais barata." Bárbara Figueira, 32
– "No supermercado, quase só compro marcas brancas. Reduzi para metade o meu consumo de carne (compro mais frango). Levo o almoço para o trabalho todos os dias. Deixei de usar aquecedor em casa; nos dias mais frios visto um casaco ou vou buscar uma manta. Ando de transportes públicos diariamente." Ana Pereira, 31
– "Arranjei um sistema de boleias partilhadas com três colegas trabalho, que moram perto. Um dia levo eu o carro, noutro dia, outra, e rachamos a gasolina." Teresa Alvito, 42.