Made em Portugal: empresas nacionais que estão a dar cartas!

Delta, Sagres, Renova, Ramirez ou Silvex são algumas marcas nacionais bem conhecidas que brilham cá dentro e lá fora. Mas não são casos únicos. Na verdade, não faltam exemplos de negócios com dimensão bem menor que arriscaram e conseguiram marcar a diferença. Seja a fazer móveis ou a criar software, o importante é ter uma boa ideia e não desistir às primeiras dificuldades.

Papo d’Anjo
roupa de luxo para criança


Foi em 1994 que a americana Catherine Connor Monteiro, antiga produtora da CNN casada com um português e a viver em Lisboa, se lembrou de criar uma coleção de roupa de alta qualidade para crianças dos zero aos 14 anos. Nada como experimentar: comprou uns tecidos, disse a umas costureiras para fazer uns modelos e inscreveu-se na feira mundial de vestuário infantil, em Nova Iorque. O investimento de 7500 euros foi rapidamente recuperado com as vendas nos Estados Unidos, onde a qualidade e o design de cada peça conquistaram os famosos. As coleções são concebidas por Catherine e produzidas em Portugal por 70 costureiras. Hoje, os filhos de Gwyneth Paltrow e Tom Cruise contam-se entre os clientes da marca. A maior parte das vendas é feita por catálogo, mas também estão em lojas. A de Lisboa fica na Rua Ivens, 8. Em Londres, estão no célebre Harrods e em Nova Iorque na 5.ª Avenida.

Foi em 1994 que a americana Catherine Connor Monteiro, antiga produtora da CNN casada com um português e a viver em Lisboa, se lembrou de criar uma coleção de roupa de alta qualidade para crianças dos zero aos 14 anos. Nada como experimentar: comprou uns tecidos, disse a umas costureiras para fazer uns modelos e inscreveu-se na feira mundial de vestuário infantil, em Nova Iorque. O investimento de 7500 euros foi rapidamente recuperado com as vendas nos Estados Unidos, onde a qualidade e o design de cada peça conquistaram os famosos. As coleções são concebidas por Catherine e produzidas em Portugal por 70 costureiras. Hoje, os filhos de Gwyneth Paltrow e Tom Cruise contam-se entre os clientes da marca. A maior parte das vendas é feita por catálogo, mas também estão em lojas. A de Lisboa fica na Rua Ivens, 8. Em Londres, estão no célebre Harrods e em Nova Iorque na 5.ª Avenida.


Sede: Lisboa.
Funcionários: 5.
Faturação: E6 milhões em 2009.
Inspira porque: Num mercado saturado como o dos têxteis, ousou diferenciar-se pela qualidade.
O segredo? Apostar num nicho onde a crise raramente chega: o dos produtos de luxo.
Site: www.papodanjo.com.


Piódão
artesanato com design

Esta empresa de Arganil, criada em 1992, transformou um antigo negócio artesanal de tapetes num negócio moderno. Tudo graças à parceria entre um grupo de jovens designers e um produtor de tapetes de tradicionais. O resultado são peças produzidas artesanalmente, pelo método esmirna, em fio de lã, feltrado ou de viscose, sempre com design atualizado e acabamentos exigentes. O negócio deu certo e a Europa Central e do Norte já são os principais mercados.


Sede: Coimbra.
Funcionários: 35.
Faturação: €1 milhão/ano.
Inspira porque: Construiu-se a partir da aliança entre ideias novas e o saber antigo.
Site: www.designerspad.com.pt.


Silampos
panelas premiadas

Tem vindo a receber vários prémios devido à conjugação feliz entre design e tecnologia. Um dos exemplos mais recentes foi a panela Drop, selecionada para a feira de tendências de Frankfurt em 2009. No ano anterior, o Instituto de Apoio às Pequenas e Médias Empresas atribuiu-lhe o galardão PME Líder 2008 e o Prémio Inovação e Tecnologia. Exporta para todos os continentes.


Sede: Aveiro.
Funcionários: 184.
Faturação: €12,8 milhões em 2009.
Inspira porque: Conseguiu entrar no mercado chinês.
Site: www.silampos.pt.

YDreams
ambientes interativos


Não só é uma das principais empresas de tecnologia portuguesa como conseguiu afirmar-se internacionalmente. O fundador, António Câmara, escreveu um livro sobre os segredos do sucesso [‘Voando com os Pés na Terra’, Bertrand] e foi galardoado com o Prémio Pessoa em 2006. Não é para menos. A YDreams – que trabalha na área da realidade virtual criando ambientes interativos de larga escala – pôs Portugal no mapa global das novas tecnologias. A prova de que ideias originais e visionárias podem competir a nível global independentemente do local de origem. Já tem delegações em Espanha, Brasil e EUA.

Não só é uma das principais empresas de tecnologia portuguesa como conseguiu afirmar-se internacionalmente. O fundador, António Câmara, escreveu um livro sobre os segredos do sucesso [‘Voando com os Pés na Terra’, Bertrand] e foi galardoado com o Prémio Pessoa em 2006. Não é para menos. A YDreams – que trabalha na área da realidade virtual criando ambientes interativos de larga escala – pôs Portugal no mapa global das novas tecnologias. A prova de que ideias originais e visionárias podem competir a nível global independentemente do local de origem. Já tem delegações em Espanha, Brasil e EUA.


Sede: Lisboa.
Funcionários: 150.
Faturação: €8444 milhões em 2008.
Inspira porque: Não teve medo de pensar em grande escala e conseguiu afirmar na área competitiva das novas tecnologias. Site: www.ydreams.com.

Ginásios Viva Fit
só para mulheres

Agora o conceito é comum, mas há sete anos a ideia de ginásios só para mulheres com treinos de apenas 30 minutos revolucionou o mercado. O grupo Viva Fit é nacional e já tem 116 ginásios de norte a sul, 40 mil sócias e 67% da quota de mercado. Espanha foi o primeiro destino de internacionalização, e o mais recente é, pasme-se, a Índia, onde o grupo conta ter 1300 espaços até 2020.


Sede: Oeiras.
Funcionários: 28.
Faturação: E18,5 milhões.
Inspira porque: Teve uma ideia inovadora que conseguiu expandir além-
-fronteiras.
Site: www.vivafit.pt.


Plux Biossensores
sensores sem fios


É uma tecnologia pioneira em Portugal e na vanguarda do que se faz lá fora. Os biossensores sem fios da Plux colam-se às mãos e conseguem detetar a atividade muscular, o ritmo cardíaco, a respiração, quedas ou mesmo a localização do utilizador. São aplicados na investigação, na saúde e no desporto: o Centro de Medicina de Reabilitação de Alcoitão usa-os para ajudar na recuperação de alguns pacientes e a Academia de Alcochete do Sporting para avaliar atletas. A ideia nasceu na cabeça de Hugo Gamboa, um jovem engenheiro de 34 anos que estava a fazer um doutoramento em biometria comportamental e precisava destes aparelhos. O que havia no mercado era caro e de má qualidade. A solução era fazer biossensores de raiz. Muita investigação e três sócios depois a Plux vai de vento em poupa. Este ano, a empresa já foi distinguida no Barcelona World Innovation Summit com o primeiro prémio na categoria Biggest Innovation na área da saúde.

É uma tecnologia pioneira em Portugal e na vanguarda do que se faz lá fora. Os biossensores sem fios da Plux colam-se às mãos e conseguem detetar a atividade muscular, o ritmo cardíaco, a respiração, quedas ou mesmo a localização do utilizador. São aplicados na investigação, na saúde e no desporto: o Centro de Medicina de Reabilitação de Alcoitão usa-os para ajudar na recuperação de alguns pacientes e a Academia de Alcochete do Sporting para avaliar atletas. A ideia nasceu na cabeça de Hugo Gamboa, um jovem engenheiro de 34 anos que estava a fazer um doutoramento em biometria comportamental e precisava destes aparelhos. O que havia no mercado era caro e de má qualidade. A solução era fazer biossensores de raiz. Muita investigação e três sócios depois a Plux vai de vento em poupa. Este ano, a empresa já foi distinguida no Barcelona World Innovation Summit com o primeiro prémio na categoria Biggest Innovation na área da saúde.


Sede: Lisboa.
Funcionários: 17.
Faturação: E377 mil em 2009.
Inspira porque: Comprova o espírito inventivo dos portugueses; apela ao imaginário do inventor solitário com uma ideia genial que faz sucesso no mundo inteiro.
Site: www.plux.info.

Viarco
lápis com história


A única fábrica de lápis em Portugal tem mais de 100 anos de história e acompanhou várias gerações de portugueses na escola, mas continua a dar cartas ou, melhor, lápis. O segredo foi apostar na inovação e investir no design para se tornar competitiva. Este ano, a empresa viu a caixa de lápis Viarco Silk Series ser selecionada para integrar a mostra de produtos de design portugueses do Museu de Arte Moderna de Nova Iorque e apoiou a criação de lápis para crianças daltónicas com um código universal que representa as cores em formas gráficas.

A única fábrica de lápis em Portugal tem mais de 100 anos de história e acompanhou várias gerações de portugueses na escola, mas continua a dar cartas ou, melhor, lápis. O segredo foi apostar na inovação e investir no design para se tornar competitiva. Este ano, a empresa viu a caixa de lápis Viarco Silk Series ser selecionada para integrar a mostra de produtos de design portugueses do Museu de Arte Moderna de Nova Iorque e apoiou a criação de lápis para crianças daltónicas com um código universal que representa as cores em formas gráficas.


Sede: São João da Madeira.
Funcionários: 20.
Faturação: E500 mil em 2009.
Inspira porque: Conseguiu atualizar-se através dos tempos e continua a inovar.
Site: www.viarco.pt.


Science4You
brinquedos científicos


Uma das melhores formas de aprender é através da brincadeira, e foi esse o mote do trabalho de fim de curso do jovem Miguel Pina Martins em 2007. O projeto de fabrico de brinquedos científicos foi um sucesso e acabou por dar origem aos primeiros e únicos brinquedos científicos totalmente nacionais. Em 2008 estavam nas prateleiras da Fnac e El Corte Inglés, e em 2009 chegavam a Espanha. Este ano voaram para o Brasil e Angola. Tudo começou com 55 mil euros de investimento, 15 sócios, três colaboradores e seis produtos, mas atualmente a Science4You cria mais de 20 produtos diferentes com funções tão diversas como ajudar a compreender a formação do vento, da chuva ou do arco-íris. Miguel Pina Martins, de 25 anos, recebeu o Prémio Empreendedor do Ano da Comissão Europeia.

Uma das melhores formas de aprender é através da brincadeira, e foi esse o mote do trabalho de fim de curso do jovem Miguel Pina Martins em 2007. O projeto de fabrico de brinquedos científicos foi um sucesso e acabou por dar origem aos primeiros e únicos brinquedos científicos totalmente nacionais. Em 2008 estavam nas prateleiras da Fnac e El Corte Inglés, e em 2009 chegavam a Espanha. Este ano voaram para o Brasil e Angola. Tudo começou com 55 mil euros de investimento, 15 sócios, três colaboradores e seis produtos, mas atualmente a Science4You cria mais de 20 produtos diferentes com funções tão diversas como ajudar a compreender a formação do vento, da chuva ou do arco-íris. Miguel Pina Martins, de 25 anos, recebeu o Prémio Empreendedor do Ano da Comissão Europeia.


Sede: Lisboa.
Funcionários: 10.
Faturação: E200 mil em 2009.
Inspira porque: Prova
que,independentemente da idade,
as boas ideias têm potencial para se tornar ótimos negócios.Site: www.science4you.pt.

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