A principal conclusão deste estudo aponta para a conotação negativa que os empregadores ainda atribuem às tatuagens.
Andrew Timming, professor da St. Andrew’s University School of Management, na Escócia e responsável pela pesquisa, entrevistou os responsáveis de 14 organizações empresariais ou institucionais, como escolas, bancos ou prisões. A maioria dos inquiridos, responsáveis de recursos humanos, admitiu que “as tatuagens podem dar um ar sujo às pessoas” e que, provavelmente, não contratariam um candidato com uma tatuagem numa parte visível do corpo.
A nível pessoal, a maioria nem tinha nada contra, mas manifestou receio da reação do público/clientes. “Os inquiridos expressaram a preocupação de que os empregados com tatuagens visíveis fossem avaliados pelos clientes como sendo ‘repugnantes’, ‘desagradáveis’ e ‘desorganizados'”, comentou Timming ao site Management Issues. “Ficou subentendido que os clientes podiam projectar uma experiência de serviço desagradável, baseados no estereótipo de que os tatuados são todos rufiões e drogados.”
No entanto, há profissões em que uma tattoo até pode ser vantajosa. Os candidatos a guardas profissionais, por exemplo, podiam ver nisso uma mais-valia para a contratação, já que os aproximava dos reclusos, em termos de comunicação.
Este é um preconceito que tende a perder importância com o passar dos anos, diz Andrew Timming, uma vez que foram os empregadores mais velhos quem pior reagiu à questão.