
Retrato de Maria Helena Vieira da Silva, numa exposição da obra da pintora portuguesa, que decorreu no Rio de Janeiro, em dezembro de 2012
AFP/Getty Images
O talento da pintora portuguesa Maria Helena Vieira da Silva será reconhecido à escala universal. O seu nome será atribuído a uma cratera do planeta Mercúrio.
Uma iniciativa da União Astronómica Internacional, entidade global responsável pela nomenclatura planetária e de satélites, pretende atribuir o nome de artistas (autores, músicos ou pintores) falecidos a crateras de Mercúrio.
Até ao ano de 2008 já tinham sido nomeadas 114 crateras, ao qual se junta agora o nome da artista portuguesa e de nove outras personalidades internacionais do mundo das artes, como é o caso do músico John Lennon ou do jornalista e romancista Truman Capote.
Maria Helena Vieira da Silva demonstrou talento para as artes desde cedo, encorajada por familiares e amigos, aristocratas e intelectuais. Aos onze anos já estudava desenho e pintura na Academia de Belas-Artes. Em 1928 mudou-se para Paris, onde conheceu o marido, o húngaro Árpád Szenes, também ele artista plástico. Na capital francesa estabeleceu-se como pintora, num percurso reconhecido com a insígnia de Cavaleiro da Legião de Honra francesa, entregue pelas mãos do Presidente François Miterrand. A artista foi ainda eleita Membro da Royal Academy of Arts de Londres.
A obra da pintora está exposta no Centre Georges Pompidou, de Paris, no MoMA e Guggenheim de Nova Iorque, na Tate Collection, de Londres, no Thyssen-Bornemisza, de Madrid, no Art Institute of Chicago, no Ashmolean Museum, em Oxford, e na Pinacoteca do Estado de São Paulo. Maria Helena Vieira da Silva morreu em 1992 em Paris.