Leil Lowndes, autor de ‘How to Talk to Anyone’, é perito em comunicação e nas estratégias que nos permitem conquistar a atenção e simpatia das pessoas que acabamos de conhecer. Neste livro, dá dicas para que essas primeiras impressões sejam as melhores, partindo dos nossos gestos e expressão corporal.
Nada de sorrisos instantâneos – Se brindar a pessoa que acaba de encontrar – ou que lhe acabam de apresentar – com um sorriso imediato, vai parecer que toda a gente no mesmo raio de visão vai receber o mesmo tratamento. Inconscientemente, o seu interlocutor vai saber que não é assim tão especial. Em vez disso, faça uma pausa e olhe a pessoa por um segundo e, então, “sorria de forma calorosa e sensível, deixando que o sorriso flua também pelo seu olhar”, aconselha o autor, que diz ainda que um sorriso mais ‘lento’ vai fazer com o que o interlocutor a aprecie de uma forma mais profunda. Isso vai convencer a outra pessoa de que o sorriso é ‘personalizado’ para ela.
Direcione todo o seu corpo para o seu interlocutor – Não apenas o rosto. Tal como faz quando está em frente a um bebé, diz o autor.
Cole o seu olhar nele – Nada como fazer alguém sentir-se especial através da forma como a olha. “Imagine que o seu olhar está colado ao seu parceiro de conversa com caramelo quente e pegajoso”, diz Lowndes. E quando ele acabar de falar, não quebre de imediato o contacto visual: quando mudar de campo de visão, faço-o de forma mais ‘arrastada’. Experimente contar a quantidade de vezes que o seu parceiro de conversa pisca os olhos. Numa experiência que usou esta técnica, os intervenientes mencionaram ter sentimentos de proximidade respeito maiores pelos colegas que a usaram.
Se estão num grupo com mais gente, fixe o olhar na pessoa em que está interessada (o interesse não tem de ser amoroso, atenção; pode ser numa reunião de negócios com um promissor contacto empresarial) durante breves segundos, mesmo que não seja ela a falar e esteja só a ouvir. É claro que isto tem perigos: a outra pessoa pode sentir-se ‘invadida’ ou observada e interpretar mal as suas intenções. Leil Lowndes aconselha a que olhe primeiro para quem está a falar e, então, sim, arraste o olhar para a pessoa em que está interessada.
Modere os movimentos – Sobretudo os que podem indiciar desconforto como coçar-se, parecer agitada, mexer na cara (dão uma noção instintiva ao outro de que está a mentir ou que está ansiosa), contorcer-se. Em vez disso, mostre-se totalmente concentrada no que o seu interlocutor diz.
Imagine que são velhos amigos – Não será lá muito fácil de conseguir sem um bom poder de projeção e imaginação, mas se conseguir imaginar que aquela pessoa que acabou de conhecer é alguém de quem gosta há muito tempo, toda a sua postura se vai alterar – a expressão do sobrolho suaviza-se, parecendo menos defensiva.
Mantenha a postura direita – sentada ou em pé, mantenha uma postura reta. Demonstra confiança e autoestima.
Use um tom de voz calmo e agradável – As pessoas com um dom natural para a simpatia expressam-se de forma determinada e convicta, usando um tom de voz agradável, nem muito baixo e tímido, nem alto e demasiado entusiasmado. E evitam excessos e radicalismos que lhes alterem o tom de voz. Mas também sabem que nem todos os seus pensamentos têm que ser ditos em voz alta, recomenda Napoleon Hill, autor de ‘Think and Grow Rich’.