Não me lembro nunca de ter vivido uma prova como esta onde tanta coisa correu mal. À sucessão de contrariedades que começaram no primeiro dia e foram até ao último de uma forma inexplicável. Claro, o resultado desportivo acabou por ser mau o que deixou toda a equipa de rastos.
Reconheço que as corridas têm destas coisas, nem sempre correm bem. Trabalhamos imenso para as preparar, fazemos opções e concessões importantes sempre com o objetivo de obter um bom resultado. No momento temos a certeza de estar a tomar a melhor opção, de estar a fazer a coisa certa. Contudo, por estranho que pareça, mal a corrida começa constatamos que errámos, a opção não foi a melhor e vai levantar uma série de outros problemas.
Nestas circunstancias o sentimento é de fracasso, e é terrível! Levamos um grande abanão. É nestes momentos que paramos para pensar profundamente, para questionar… Da minha parte, confesso que ponho tudo em causa. Penso e repenso e recuso-me a acreditar que foi azar apesar deste ser o caminho mais confortável. Acredito que tudo tem um motivo para acontecer de determinada maneira. O sabor é amargo mas são nestes momentos que se fazem grandes progressos. É por isso que sempre digo, ganha-se muito mais quando se perde do que quando realmente se vence.