Desde junho que temos ouvido falar, um pouco por todo o lado, em várias mortes misteriosas na República Dominicana. Pessoas – sobretudo americanas – têm morrido no país, muitas delas em circunstâncias semelhantes. Mas afinal, quantos turistas já morreram, recentemente?
A 14 de abril, Robert Bell Wallace, de 67 anos, que estava de férias no Hard Rock Hotel & Casino, faleceu de forma inesperada. De acordo com a sobrinha, três dias antes, o americano tinha consumido uma bebida do mini bar do seu quarto.
No mesmo mês, John Corcoran, irmão de Barbara Corcoran, do programa Shark Tank, morreu de ataque cardíaco, em circunstâncias semelhantes a outros turistas. Ainda assim, o facto de este já sofrer de problemas de coração fez com que a família descartasse qualquer causa suspeita.
De acordo com o New York Times, estas foram apenas as mortes mais recentes. Isto porque, analisando o ano anterior, 2018, são apontadas mais de 10. Apesar dos desfechos fatais para alguns, têm surgido relatos de outras pessoas que viajaram recentemente para o país e dizem ter-se sentido bastante mal. Por norma, revelam que os sintomas desvaneceram após o regresso a casa.
E se todas estas histórias parecem dramáticas e, de alguma forma, ligadas, há quem o negue, acusando os media de exagerarem o caso. “As dezenas de mortes que aconteceram este mês representam uma pequena fração – apenas uma ligeira percentagem – de todas as que se esperam que aconteçam em qualquer ano de viagens dos Estados Unidos para a República Dominicana. Portanto, não criem uma tendência ou mistério sobre o qual falar“, escreveu o jornalista Daniel Engber, na revista Slate.
Em entrevista ao Washington Post, o professor de medicina Reynold A. Panettieri disse que as pessoas não deviam considerar o país perigoso, mas sim preocupar-se com os hotéis em que ocorreram as mortes. “Seria algo estranho recomedar que as pessoas evitassem a República Dominicana“, disse.