
Depois de uns meses de contração, os pedidos de crédito voltaram a aumentar. Muitas vezes optamos por estas soluções por necessidade. Outras optamos por conveniência. Outras ainda são mesmo más opções por diversos critérios. Somos apologistas do equilíbrio e acreditamos que o crédito não é bom nem mau, mas antes o que fazemos e como o fazemos é que pode ser bom ou mau. Se precisa de um crédito ao consumo tenha em mente alguns critérios.
Os créditos pessoais ou créditos automóveis são muito populares. São utilizados para inúmeros fins, sendo que os prazos variam de operação para operação (recentemente o Banco de Portugal reduziu os prazos máximos o que teve um grande impacto no mercado). Esticar os prazos dos créditos pode não ser a melhor solução. Assim, defendemos que todos os pedidos de crédito devem ser bem pensados e criteriosamente planeados. Não há dúvida que podem ser um bom recurso quando usados de forma responsável, mas para não existirem surpresas, devem ser pedidos tendo em consideração um equilíbrio entre finalidade, prazo de reembolso e taxas de esforço. Assim, sugerimos este período de tempo consoante o fim, mas atenção, nunca em simultâneo:
- Viagens – 6 meses a 1 ano, apesar de não recomendarmos estes créditos;
- Equipamento informático – 1 a 2 anos;
- Automóvel– 4 a 6 anos;
- Mobiliário e eletrodomésticos – 2 a 5 anos;
- Obras – 3 a 7 anos.
É certo que o período de crédito não é uma opção exclusivamente sua. A duração contratada resulta da análise do risco de cada operação, que depende fundamentalmente das garantias que cada cliente pode dar. Em última análise, o banco quer garantir que o cliente vai ter a capacidade para pagar a prestação todos os meses. Neste contexto, normalmente são considerados alguns critérios:
- O Disponível Orçamental – Assemelha-se à taxa de esforço e indica-nos o valor que nos sobra do rendimento depois de pagas as prestações com créditos.
- A Estabilidade de rendimentos – Procura que a pessoa tenha um rendimento fixo mensal que não coloque em causa o disponível orçamental;
- O Contrato de trabalho de efetividade – Pelo menos de um dos proponentes do crédito. Sendo certo que todos os contratos de trabalho podem ser quebrados, ter um contrato de efetividade dá algumas garantias de que irá ter um rendimento.
Apesar destes critérios, a realidade demonstra-nos que existem outras formas de endividamento e de fácil acesso (como os cartões de crédito), pelo que o bom senso e a responsabilidade devem sempre imperar. A postura mais correta a adotar é: se não tenho, não gasto.
Uma última nota de grande relevo. Em situações de dificuldade surgem sempre alternativas aparentemente fáceis, revelando-se como situações de burla. Se precisa de um crédito ao consumo saiba que existe desde 2018 uma legislação que se destina a proporcionar um serviço de intermediação de crédito mais profissional, com mais valor acrescentado para o cliente e impossibilitando a generalidade dos intermediários de lhe cobrar qualquer comissão. Uma opção para quem precisa de ajuda com a burocracia e aconselhamento no momento da decisão, de modo a garantir que terá as melhores condições, e tudo sem qualquer custo.