Fui correr esta manhã com um objetivo bem definido: experimentar as novas sapatilhas adidas ULTRABOOST 22 e perceber o que mudava na minha performance. Não se tratava tanto do que iria fazer em termos de tempo, mas estava acima de tudo preocupada com uma lesão no joelho de que estou ainda a recuperar e de como me iria sentir no final do treino realizado no paredão junto ao rio.
Contas feitas, terminado o teste encontrei cinco pontos fortes que tornam esta uma boa opção, tendo em conta a relação qualidade preço.
Vamos a isto?
A forma desenhada para o nosso pé
Quando as calcei, senti de imediato que o pé se ajustava na perfeição à forma. Este aspeto explica-se porque este modelo foi projetado em torno da forma do pé feminino. Isto significa que tem uma altura do peito do pé mais baixa, um ajuste mais estreito no calcanhar e um perfil mais raso da ‘caixa dos dedos’. A sola foi também desenhada para acomodar melhor o ciclo da marcha feminina e promete entregar 4% a mais de retorno de energia. Para se chegar a este patamar de resultados, a adidas recorreu a insights específicos sobre a mulher, utilizando uma base de dados anatómica online de estudos de 1,2 milhões de passadas digitalizadas, realizada e analisada por investigadores das áreas do calçado e da tecnologia.
2. O design
Já conhecíamos este modelo, lançado inicialmente em dezembro de 2021, em cor malva. Agora, as Ultraboost 22 passam a estar disponíveis em novas cores, inspiradas no verão. Caso para dizer que a junção do cor-de-laranja com o icónico desenho das três riscas a rosa, em ‘fundo’ branco tornam este modelo um dos mais apelativos em termos de design do mercado.
Decidi correr cinco quilómetros no paredão, até porque é o tipo de corrida que faz parte da minha rotina, tenho o registo dos tempos habituais que faço e, claro, sei bem como me sinto durante e no fim. Os Ultraboost 22 apostam no conforto, devido a uma particularidade que já é um item de referência neste modelo da adidas: a espuma da entressola Boost. O seja, esta espuma age como amortecimento do choque do pé ao aterrar no chão, como se de um efeito colchão se tratasse. Esta era uma das minhas preocupações: conseguir um bom amortecimento para não andar para trás com a lesão no joelho. Durante a corrida, o conforto foi total, mas faltava a prova final – como me sentiria no final? Feitos os alongamentos devidos, percebi que o meu joelho estava intacto.
3.A proteção do calcanhar.
Uma das zonas que mais riscos correm em qualquer corrida é sem dúvida a do calcanhar. Tal como os modelos anteriores, as Ultraboost 22 mantêm a forma de ‘curva em S’ nesta zona, permitindo um ajuste seguro na zona do tendão de Aquilos, mas não fazendo com que o movimento do pé fique ‘preso’. Além disso, tem acolchoamento em redor do calcanhar, o que transmite desde logo uma sensação de segurança, não apenas na zona do calcanhar, mas também no meio do pé – basicamente, o modelo molda-se ao pé.
4. Sustentabilidade
O tecido Primeknit+ também é feito de materiais que contêm 50% de plástico reciclado oceânico, por isso também atende aos requisitos de sustentabilidade.
5. Correção da pronação
A pronação é um termo familiar a quem corre e refere-se à forma como o pé se inclina para dentro para distribuição do impacto ao contactar com o solo. Ora os estudos da adidas levaram a descobrir que as mulheres são, anatomicamente, mais propensas a pronar demais – foram analisados 1,2 milhão de escaneamentos de pés como parte do redesenho do Ultraboost. Por isso mesmo, há inclusive uma maior estrutura na região do arco do pé para evitar a pronação excessiva.
Conclusão : Achamos que os Ultraboosts 22 justificam o preço de 190 euros e destinam-se a quem procura ajuste sob medida, muito amortecimento e suporte no tendão de Aquiles. Conforto e segurança são aqui duas características que se destacam. Recomendados para corrida diária e longa distância.