O objetivo da associação é recuperar os olivais abandonados e criar postos de trabalho. As oliveiras fazem parte da paisagem de Abrantes desde o tempo dos romanos. Aliás, muitas das que se encontram nesta região são verdadeiros monumentos nacionais: algumas têm entre 500 e mil anos e são consideradas património cultural. Por exemplo, é aqui que vive o Mouchão, a oliveira mais antiga da Península Ibérica, com 3350 anos.
Mas muitos destes campos estão em risco de abandono e estas árvores minenares podem morrer. Para ajudar a mantê-las, cada pessoa pode apadrinhar uma oliveira abandonada com um donativo anual de 60 euros.
Ser madrinha ou padrinho é fácil: vá ao site apadrinhaumaoliveira.org, escolha uma oliveira abandonada (há fotografias das ‘candidatas’), batize-a, receba notícias da evolução da sua árvore e visite-a quando quiser. Como agradecimento, cada padrinho recebe 2 litros de azeite virgem extra por ano produzido a partir das oliveiras abandonadas.
A associação tem neste momento 80 padrinhos, mas o objetivo é chegar a muito mais gente. Dar a possibilidade de ser padrinho ou madrinha de uma oliveira é oferecer um presente que, além de sustentável, é original. Portanto, em vez de um presente banal que não ajuda ninguém e de que nem sequer tem a certeza que a pessoa vá gostar, porque não oferecer uma oliveira?
Ah, e este projeto não nasceu do nada. O projeto original espanhol Apadrinaunolivo.org, existe há 9 anos com o mesmo objetivo, e com a preciosa ajuda dos seus 7 mil padrinhos já recuperou 16 mil oliveiras. E em Portugal, quantos padrinhos e madrinhas vão conseguir?