Foi há 147 anos que nasceu a Sociedade Protetora dos Animais – SPA. Um grupo de Juízes desembargadores insurgiu-se contra a forma como eram tratados os animais em Portugal e resolveram criar uma associação que os protegesse. “Não era só para os animais de companhia, incluía os de pecuária, que naqueles tempos eram levados pelas ruas de Lisboa até ao matadouro, sofrendo abusos e maus tratos pelo caminho. Atualmente, e embora o enquadramento da proteção animal em Portugal tenha sofrido uma evolução significativa nos últimos anos, muitos ainda sofrem abusos e violência injustificada, como os touros na arena, os cães acorrentados, os animais de pecuária criados para matadouro, os pombos capturados na via pública e mortos em câmaras de gás.” É por todos eles que a SPA luta diariamente, embora com dificuldades, já que é uma associação sem fins lucrativos, sem apoios estatais e que subsiste da quotização dos seus sócios e donativos de particulares. Atualmente, a SPA apoia diretamente animais abandonados e em risco, presta apoio social a famílias carenciadas e também a outras associações. “Prestamos cuidados médico-veterinários a preços acessíveis e acompanhamos situações de denúncia de maus tratos, negligência ou abandono de animais.” Embora a sede e os 2 centros veterinários sejam em Lisboa, a sua atuação estende-se a todo o país.
Maiores dificuldades
“Os pedidos mais comuns que recebemos são os de apoio solidário a animais de famílias carenciadas e animais errantes. As pessoas facilmente descartam um elemento da família à mínima dificuldade. E quando nos procuram já trazem a ideia fechada para entregar o animal. Muitos são animais idosos, não esterilizados, doentes e com potencial de adoção muito baixo. Estamos sempre disponíveis para apoiar a nível médico veterinário e alimentar, para manter o animal junto da sua família.” Também difícil são os pedidos de ajuda para situações flagrantes de maus tratos e abandono, que não têm tido resposta efetiva das autoridades e a nível judicial. Outra situação terrível são os casos de acumulação de animais em habitações que resultam no resgate de dezenas de animais num curto período de tempo, com graves problemas de saúde e sociabilização.”
Toda a ajuda é bem-vinda
“Os nossos sócios, a par dos animais, são o nosso bem mais valioso, são eles que nos permitem prestar os apoios solidários e promover campanhas de CED (captura, esterilização e devolução).” Quem quiser ajudar, pode fazer-se sócio (dá descontos em produtos e serviços nos seus centros veterinários), fazer donativos em dinheiro ou em géneros ou apadrinhar um animal. Conheça melhor as lutas e campanhas desta associação em spanimais.org, no Facebook ou Instagram, @SociedadeProtectoradosAnimais.