Considerada uma das mulheres mais belas do mundo, lida com o corpo com total à vontade e no cinema aceita os mais polémicos desafios.
Fornas, CEO da Cartier Internacional, com Bellucci (REUTERS)
Calça o número quarenta, mas, aos 44 anos, esse parece ser o único calcanhar de Aquiles da actriz italiana. Herdeira do carisma de Sophia Loren e de Claudia Cardinale, Monica Bellucci tem a mesma beleza latina e voluptuosa das suas congéneres italianas. O caminho que a levou ao cinema foi, porém, mais sinuoso.
"Acredito que o tempo destrói tudo. Como uma linda maçã encarnada: passado
algum tempo, fica engelhada e cheia de minhocas, que é o que acontece connosco."
Primeiro, pensou ser advogada, até que foi recrutada por uma agência de modelos, fazendo de tal modo furor que conquistou Milão. Não tardou que os realizadores se rendessem à sua sensualidade felina e estreou-se pela mão de Copolla, no filme ‘Drácula’ (1992). E a sua fama cresceu. Algo a destacava das restantes actrizes. Sem pudores e assumindo com naturalidade a exposição do corpo, aceitou o convite para participar no controverso filme ‘Irreversível’ (2002), onde protagoniza a mais longa cena de violação na história do cinema. E aí, sim, começou a andar nas bocas do mundo!
"A minha carreira é muito importante, mas, na altura do balanço, a família vem primeiro."
A actriz e o marido, o actor Vincent Cassel, decidiram que o melhor era passar sempre algumas semanas do ano em casas separadas para evitar a rotina: ela fica em Paris e ele em Londres. E assim se mantém uma união de dez anos, da qual nasceu a pequena Deva, de 4 anos, com quem a mãe faz questão de falar em italiano.
Decidida a ficar pela Europa, dado que acredita que Hollywood trata mal as mulheres com mais de 40 anos, Monica alia o trabalho de actriz com o de modelo ela é o rosto de vários produtos de maquilhagem e perfumes da Dior e das jóias Cartier.
Para o futuro, Monica não tem dúvidas: "Quando for velha, vou preferir ver as minhas crianças aos meus filmes."
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