Segundo dia do Portugal Fashion e primeiro dia na cidade invicta. Depois de designers como Fátima Lopes e a dupla Alves Gonçalves desfilarem na capital, é a vez do Porto receber as vibrações das novas tendências para o inverno.
A obrigação primordial da moda foi cumprida no evento que tinha como tema Vibe. A energia transformadora nos modos de vestir desfilou por todos os corredores da Alfândega, desde as filas de espera, aos espaços lounge e nas propostas que da passerelle que se assumiram como criações funcionais e artísticas.
O espírito do norte foi o que mais se fez sentir num evento que dispensa extravagâncias e que destaca pela simplicidade elegante. Júlio Torcato fez desfilar “Porto” numa coleção que teve como ponto de partida as varandas em ferro forjado sobre o rio Douro .As cores sóbrias e cortes rigorosos são as principais características do homem Torcato que encontra na tradição da alfaiataria por medida o caminho para looks elegantes e urbanos.
A ideia de “portugalidade” também foi a máxima de Katty Xiomara que inaugurou o Portugal Fashion com novas interpretações da arte urbana aliada à decoração do património. O tradicional azulejo português serve de tela a uma expressão simbólica da street art, que se imprime para o vestuário em contornos simples. Como resultado, surge uma coleção urbana e feminina, com uma forte atitude, que nos incute a máxima “viver um dia de cada vez com a melhor das vibrações”. O património luso da coleção tem como intenções ir além-fronteiras. “ 2012 foi um ano extremamente complicado e temos a noção de que 2013 não será fácil. Consideramos que são anos de transição. Estamos a investir muitíssimo nos mercados americano e nipónico. Não posso dizer que tenhamos conseguido muita coisa, mas, aos poucos, temos tido boas respostas e queremos apostar nelas”, explicou, a designer à agência Lusa.
O encerramento do dia foi entregue às propostas de Anabela Baldaque, com a colecção “… e fez-se luz…”, coordenados através dos quais a estilista quis transmitir uma obsessão assumida por cores e texturas sempre divertidas. No processo criativo surgiram padrões em xadrez e quadriculados que criam atmosferas dos anos 60 e 70.