Os tecidos luxuosos, o brilho de cristais e as saias compridas transformaram tudo em glamour, sem remorsos. Afinal inaugurava-se mais uma semana de Alta-costura. O Atelier Versace fez as honras, ao abrir as passerelles com uma coleção poderosa, inspirada na ex-modelo e cantora Grace Jones. O capuz, sua imagem de marca não foi esquecido nos vários coordenados. Na primeira fila, já Lady Gaga usava esta tendência dos anos 80, que volta agora a ser lançada por Versace.
"Ela deixou um sinal como uma mulher forte e poderosa, um poder de deusa", afirmou Donatela sobre Grace. Assim, fez desfilar Lindsey Wixson, Andreea Diaconu, Karlie Kloss como deusas.
O ADN Versace não foi esquecido em nenhum dos coordenados, com a sensualidade da pele entre a delicadeza das sedas. Decotes profundos dominaram nos blazers estruturados em conjunto com saias drapeadas.
A paleta de cores não dispensou os clássicos preto e branco, mas também passou pelo mistério do violeta e a energia do amarelo e do laranja.
No público estava Azzedine Alaïa, o primeiro designer a vestir Grace Jones, entre outras personalidades que se deixaram hipnotizar pelo brilho dos desenhos de Alta-costura.
A silhueta era definida, sensual e atrevida, como a Versace já nos habituou. Mas nesta coleção existiu ainda algum espaço para o romance subtil nos tons pastel, que se uniram ao brilho em longos vestidos de cocktail como uma fenda ousada, desenhada para uma mulher fatal.
Entre as propostas surgiram ainda muitas transparências, aplicações de cristais Swarovsky e cut out geométricos.
Para terminar o desfile, um longo vestido preto trouxe à passerelle a fórmula perfeita entre o rock e romantismo. A silhueta marcada, aplicações de brilhantes e incursões de couro na parte superior do vestido, juntaram-se a um pequeno casaco.
Uma coleção feita de poder e sensualidade, feita para mulheres que juntam o melhor de dois mundos.