
Leandra Medine, a autora do livro ‘Man Repeller’ (ou ‘repelente de homens’, numa tradução livre)
Astrid Stawiarz
“man re.pell.er [mahn-ree-peller] —noun: outfitting oneself in a sartorially offensive way that will result in repelling members of the opposite sex. Such garments include but are not limited to harem pants, boyfriend jeans, overalls (see: human repelling), shoulder pads, full-length jumpsuits, jewelry that resembles violent weaponry and clogs.”
O termo "Man repeller" (acima) foi criado pela famosa autora do blog homónimo, Leandra Medine, para definir aquelas escolhas fashionistas que as mulheres adoram, mas os homens não podem ver à frente. Volta-se sempre à velha questão: há roupas que as mulheres vestem para agradar ao sexo oposto e fatiotas que usam para mostrar umas às outras? Conseguir o equilíbrio não é tão difícil como isso: há toilettes que são agradáveis aos olhos masculinos, mas que nunca nos cansam. Falo de outfits simples como trench coats justinhos com uns bons saltos altos, um belo sheath dressque mostre as curvas sem revelar demasiado (pensem em Marilyn Monroe, Monica Bellucci e Dolce & Gabbanna) ou a velha combinação jeans-que-assentem-bem + saltos confortáveis que acentuem as formas + t-shirt que acompanhe o corpo.
Tudo o que realce a silhueta sem ser óbvio e não seja demasiado "estranho" cai bem a ambos os sexos, regra básica. Mas é certo também que:
a) as mulheres gostam de ser criativas e às não resistem ao apelo de experimentar uma nova tendência, ou um brilhinho, ou um frufru por mais sleek, cool, bon chic bon genre e discreto que seja o seu estilo pessoal;
b) a maior parte dos homens é um pouco despistada e simplória nestas coisas, e se fôssemos pela vontade deles ou andávamos sempre na mesma ou, a dar ouvidos a certos brutamontes, todas as mulheres vestiam só leggings, mini saias, mini calções e mini vestidos (o que equivale a atrair um perfeito trolha, sem desrespeito a quem carrega baldes de cimento, ou o tipo errado de atenção/relacionamento: porque um rapaz que acompanha com uma mulher pouco vestida dificilmente a apresentará à família ou se apresenta, há algo muito errado com ele ou com a família…adiante!).
Considerando isto, como usar algumas tendências mais exóticas sem pôr a fugir o público masculino? Há maneira de agradar a gregos e troianos?
Dei uma olhadela à lista das fatiotas mais "man repelling" citada por Leandra Medine para pensar em formas de lhes dar a volta. Bom, àquelas a que é possível dar a volta.
1 – Calças harem e sarouel
São muito cool, muito confortáveis, mas nunca conheci um rapaz que simpatizasse com elas. Afinal, escondem totalmente as ancas e para a mente masculina não faz muito sentido usar os fundilhos perto dos joelhos, pronto. As calças palazzo, reminiscentes dos anos 70, também são do mais chic que se pode mas não reúnem muitos admiradores. O ideal é guardá-las – principalmente se forem de seda – para a praia. Sobre um bikini dão um ar muito jet-setter (principalmente se tiver abdominais a condizer) e aí ninguém se queixa, juro. Na cidade o melhor é evitá-las.
2 – Boyfriend jeans
Aqui tenho de ressalvar que há boyfriend jeans e boyfriend jeans, silhuetas e silhuetas e que tudo depende do styling que se faz com eles. Este tipo de jeans assenta melhor em raparigas algo esguias, para não parecerem uns sacos de batatas. Também não convém coordená-los com tops demasiado largos, para não esconder totalmente a figura: se for assim, as mulheres com peito e cintura parecem muito mais gordas e as mais magrinhas desaparecem por completo. Mas se as calças não forem exageradamente largas e o top não esconder tudo, acrescentem-se uns scarpins de salto fino e pronto: tornam-se perfeitamente femininas. Tried and true.
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