
Nos últimos anos o movimento “body positive“, ou positivismo corporal, promove a ideia de que devemos estar orgulhosas do corpo que temos, independente de padrões estéticos. Nomes como Ashley Graham e Demi Lovato saíram em defesa de corpos reais e fazem questão de mostrar nas redes sociais todas as características que já foram consideradas pela sociedade como imperfeições.
Mas nem todas conseguem ter tanto orgulho e amor próprio. E há um novo movimento que acha que está tudo bem em não se amar o tempo inteiro! O “body neutrality” defende que, para aceitarmos o nosso corpo, o ideal é pensar no que ele faz e não na sua aparência. Assim, ao invés de pensar que tem pernas maiores do que o padrão imposto pela sociedade ou “feias”, pode pensar em todas as experiências que as suas pernas podem proporcionar para si.
O termo surgiu na internet em 2015 e tornou-se popular depois que virou o nome de um curso ministrado num retiro de bem-estar em Vermont, nos Estados Unidos da América. Mas aos poucos o “body neutrality” ganha as redes sociais com fotografias de mulheres inspiradas pelas mensagens de motivação.
Os defensores do movimento afirmam que o “body neutrality” é mais benéfico para a saúde mental. Pessoas com distúrbios alimentares ou distúrbio dismórfico do corpo podem ter mais dificuldade com o lema “ame a si mesmo” do que com o caminho de aceitação através do proposto pela “neutralidade”. O mesmo pode acontecer com pessoas que simplesmente não se sentem bonitas mas ainda assim podem se sentir bem com o seu corpo.