Comprar roupas novas é divertido, mas também pode ser para lá de stressante.
Quando as roupas não ficam tão bem no corpo como ficavam no cabide, muitas mulheres tendem a ficar desanimadas com a experiência. E é aqui que entra uma mulher Instagrammer britânica que usou as próprias curvas para fazer uma experiência com calças de ganga de marcas populares, em três tamanhos diferentes. O objetivo? Mostrar que os tamanhos não são “uma ciência exata” e podem variar drasticamente entre lojas, consoante o modelo, a composição ou a modelagem, entre outros fatores.
No passado dia 15 de julho, uma blogger de moda chamada Becki, que vive em Leeds, no Reino Unido, partilhou várias selfies nas quais usa — ou melhor, tenta usar — três pares de calças que comprou na Zara, na Topshop e na ASOS nos tamanhos 40, 38 e 36, respetivamente.
Numa das imagens, Becki usa um par de calças de ganga clara da Zara e tem dificuldades em fazê-las passar das ancas. Na foto seguinte, surge com uns jeans pretos da Topshop, que, nas suas palavras, são “espaçosos, confortáveis e fazem-na sentir-se ótima”. No terceiro e último autorretrato, a influenciadora veste um par de calças brancas da ASOS, que estão “um pouco justas”.
Conclusão: ficou chocada ao perceber que o tamanho 40 da Zara, na verdade, é mais pequeno do que um 36 da ASOS. “As roupas são feitas para se ajustarem ao teu corpo. Nunca mudes o teu corpo para caberes em roupas”, escreveu. “Os tamanhos. Especificamente os tamanhos de marcas populares”.
“Ficam surpreendidos por ninguém saber o seu tamanho?! Isto, para mim, é uma loucura e se eu não me sentisse confortável com o meu corpo e na minha pele, tal como sou, estas calças de ganga iam fazer-me sentir um lixo, sem valor, gorda e a lista continua”, escreveu a inglesa.
Contudo, Becki decidiu transformar a experiência numa lição. “Imploro-vos que não deixem que as roupas definam como se sentem convosco próprios. Vocês são mais do que um tamanho numa etiqueta. Vocês são mais do que calças de ganga que não assentam bem. E se algo não servir, por favor, lembrem-se de que não há nada errado com o vosso corpo e, sim, tudo errado com as roupas”.
Além de muitos likes, a mensagem da influenciadora digital fez com que muitas mulheres se identificassem com o cenário e desabafassem sobre as suas experiências. Agora, todas com a consciência de que a autoestima não pode, nem deve, estar associada a números escolhidos pelos fabricantes.