Desde pequena que Ana Gil gosta de “rabiscar” e lembra-se de a incentivarem a desenhar. “O elogio e o entusiasmo sobre aquilo que fazemos são motores geradores de confiança à tentativa, ao erro, à promoção da criatividade e a mais desenhos. Foi assim que tudo começou.”
Numa viagem a São Paulo, em 2012, o seu grande companheiro de refeições começou por ser um caderninho de bolso e aguarelas. “A explosão de novas cores, aromas e gostos levou-me a registar diariamente as comidas, as suas origens e texturas, enfim, aquele mundo novo.”
Desenvolveu assim o que diz ser um carinho especial pela ilustração gastronómica, o que lhe tem valido muitas parcerias com marcas e publicações da especialidade. “Desenhar aquilo que como permite que os sabores se prolonguem na boca e na memória.”
Diz que o material de desenho faz parte daquilo que é. “Como os meus pés que me levam aos sítios, os materiais riscadores são prolongamentos das minhas mãos e levam-me além daquilo que vejo, cheiro, saboreio e sinto.” O alimento que mais gosta de desenhar são gelados: “É um desafio e uma ampulheta contra o tempo, para que o consiga desenhar e ele se mantenha em pose, tal como um modelo clássico, e não se derreta”. O desenho mais delicioso que já fez? Tenho um carinho especial por aqueles que vão além dos limites e escala do meu corpo, como as pinturas em parede.” Já o seu prato preferido são sardinhas, mais ou menos tradicionais. “Nascida em Lisboa, como resistir a uma sardinha assada nos Santos Populares da cidade? Ou, na sua versão mais sofisticada, a um niguiri de sardinha assada do chef Filipe Rodrigues?
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