@sarassebastiao

Começou um blogue nos tempos da faculdade, ao qual dá continuidade através da sua página de Instagram. Com muitas seguidoras fiéis que a acompanham desde o início (eu incluída), Sara Sebastião é uma Farfetcher com muito orgulho que, juntamente com o gato Kiko, arriscou num recomeço feliz.

Licenciada em Interpretação de Tradução de Idiomas e mestre em Tradução Especializada Saúde e Ciências da Vida, a história da carreira de Sara começa com uma candidatura a um estágio na Bosch. Acabou por ficar a trabalhar na empresa, mais especificamente no departamento de compras, durante seis anos. Em declarações à ACTIVA, admite que esta não era necessariamente a saída profissional que procurava – não adorava trabalhar em Excel e ter de fazer contas -, mas acabou por apaixonar-se pelo contacto com os fornecedores e pela componente da negociação. 

“Entre o estágio e o momento em que assinei contrato, ainda trabalhei como freelancer durante um ano. Foi um período desgastante pela incerteza e pela inconstância”, recorda. “O mercado da tradução é desafiante na medida em que a maior oferta está no regime de freelancer e a Bosh passou a representar uma segurança”, acrescenta.

Curiosamente, nunca considerou a possibilidade de apostar numa formação relacionada com o mundo da moda. “O gosto por moda tem a ver com o consumo pessoal, estar atualizada e gostar de ver tendências e fazer compras. Acaba por ser uma relação muito abrangente e do dia-a-dia”, conta-nos.

O destino acabou por colocar Sara numa encruzilhada entre uma opção segura e outra que caía no campo do desconhecido. Escolheu embarcar numa aventura chamada Farfetch e, hoje em dia, não se arrepende minimamente de ter escolhido a plataforma global líder no universo da moda de luxo. “Estou super feliz e realizada”.

Conheça melhor a terceira convidada da rubrica DEEP TALK.

Alguma vez se imaginou a trabalhar no mundo da moda?

Criei o blogue Confessions of a Shopaholic quando ainda estava na faculdade e a possibilidade de um dia trabalhar efetivamente numa empresa ligada a este setor sempre esteve presente. No entanto, à medida que o tempo foi  passando, esta ideia ficava mais distante. Como estava a aproximar-me dos 30 anos, já não esperava mudar radicalmente a minha vida, até porque tinha sido promovida recentemente na Bosch. Mas quando surgiu a oportunidade de ir para a Farfetch, não pensei duas vezes.

E como é que essa oportunidade surgiu?

Tudo começou quando fui abordada pelo LinkedIn e decidi candidatar-me a uma vaga em aberto. Durante o processo, fiquei assustada quando me disseram que a vaga seria em Guimarães, mas foi nesse momento que recebi a confirmação de que tinha sido escolhida e ‘caiu-me a ficha’. Comecei a ponderar seriamente a decisão de mudar. Fiz listas de prós e contras e aconselhei-me com a Li Furtado, que, além de uma amiga (uma das que o blogue me trouxe), é uma mentora profissional. Por um lado, tinha a decisão de mudar-me de Aveiro para o Porto, recomeçar numa função diferente e numa empresa nova, e trocar o seguro e confortável pelo incerto e desconhecido. Por outro lado, sabia que se tratava de uma oportunidade única e que, muito provavelmente, não voltaria a ter. 

Qual é a função que desempenha na empresa? 

Sou Product Content Specialist, ou seja, responsável por criar conteúdo de raiz, em inglês, que serve para a descrição de produtos. Para desempenhar esta função, além de competências core como o domínio da língua inglesa e da escrita criativa, é essencial gostar de moda, porque os dias são passados a ver roupa e acessórios. Também é importante estar atualizado(a) sobre o que se está a vestir, os projetos dos designers e os novos lançamentos. Eu faço parte da equipa criativa e tenho um contacto muito próximo com os produtos, tal como acontece nos estúdios da Farfetch com os stylists e os fotógrafos. Por isso, o gosto pela moda é mesmo importante. Caso contrário, há um risco de o trabalho se tornar aborrecido e repetitivo.

Qual é a pergunta que as outras pessoas mais lhe fazem sobre o seu trabalho?

Existe muita curiosidade à volta do universo Farfetch e sou abordada inúmeras vezes com questões relacionadas com o meu trabalho. A dúvida mais recorrente é: “Como é que eu faço para entrar na Farfetch?” A candidatura direta nas ofertas de trabalho no site é sempre o caminho mais indicado, sendo que as possibilidades aumentam muito se o CV estiver alinhado com os requisitos da função em questão. Também me fazem muitas perguntas sobre o bom ambiente de trabalho e posso confirmar que a empresa dá muita segurança, tem uma ótima política de atenção para com os colaboradores e que as coisas boas superam largamente as arestas que precisam ser limadas.

Então, o balanço geral é claramente positivo…

Muito positivo! Por exemplo, há um plano que não só me orienta de uma forma clara, mas também me ajuda a perceber quais são as possibilidades de evolução profissional e o caminho para lá chegar. Existe um plano bem definido dentro da minha equipa que está visível para todos, com métricas que mostram exatamente quais são os degraus a subir. Este acompanhamento é muito motivador e importante para nos situarmos num universo tão vasto como o da Farfetch.

Já pensou em criar uma marca ou um negócio próprio? E, já agora, como é que vê o panorama atual?

Não. Acompanhei o percurso da Li [Furtado] de perto e sei que, se algum dia criasse uma marca, teria de deixar alguma coisa para trás. Neste momento, nem sequer me passa pela cabeça ter de abdicar da Farfetch.
Acho ótimo que estejam a surgir tantas marcas novas, mas este boom deve-se ao facto de estarmos a passar muito tempo em casa e online. Existe, sim, muito espaço para marcas novas, mas tenho dúvidas sobre se irão vingar a longo prazo, em grande parte, porque a oferta é parecida.

Revê-se no conceito de influenciadora?

Não, porque não tenho muitos seguidores e não me dedico às redes sociais a 100%. O Instagram é a plataforma que mais uso e onde vou partilhando o meu dia-a-dia de forma intuitiva, conforme o mood do momento. Agora, por exemplo, estou a vender roupa.
Quero que a minha página seja um sítio com energia positiva e que possa animar quem passa por lá, através da partilha de uma música (sou mega fã do Justin Bieber), das últimas sapatilhas que comprei ou de um outfit novo, e também quero que seja um espaço para algum desabafo em momentos menos bons.

Como é a relação que mantém com as marcas?

Tenho um posicionamento muito claro: as marcas enviam-me produtos que são completamente direcionados para mim. Caso contrário, não me faz sentido. Depois de algum tempo a receber imensos produtos que acabava por não partilhar, hoje em dia não recebo tantos precisamente porque as marcas perceberam que não partilho qualquer coisa.
Penso que ainda há um longo caminho a percorrer nesta dinâmica marcas-influenciadores para que se valorize uma relação verdadeira entre as partes envolvidas e os influenciadores só mostrem aquilo que realmente estariam dispostos a comprar.

Como é um dia típico para si?

Regra geral, acordo entre as 6H e as 6H30, e a primeira coisa que faço é treinar. Nas alturas em que ando mais ansiosa, faço meditação e depois tomo um duche, sempre ao som de música ou de um podcast que me dê boa energia. O café é essencial e não compromete o jejum intermitente. Por volta das 8H, sento-me à secretária e desligo o modo avião do telemóvel – um hábito que implementei à noite – e tiro meia hora para responder a e-mails. Às 8H30, começo o trabalho na Farfetch e recebo indicações sobre os produtos para fazer as respetivas descrições. Termino por volta entre as 17H e as 17h30. Um dos pontos mais positivos é que a empresa não cria a necessidade de prolongar o tempo de trabalho dos colaboradores, apelando a que terminemos na hora estabelecida.

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