Andreia Gomes assume o cargo de Senior Head of Employer Brand & People Communications naquela que é a maior plataforma de moda e tecnologia em Portugal e uma das maiores no mundo, a Farfetch.

Aceitou o desafio há quatro anos, e depois de mais de 15 de experiência em diversas áreas, desde o marketing, passando pela comunicação interna e relações públicas, à comunicação digital. “A FARFETCH junta dois mundos que me apaixonam, a tecnologia e a moda, e trouxe-me o desafio de aliar a comunicação, a construção de marca e a gestão de pessoas, uma fórmula que junta tudo o que adoro fazer profissionalmente”, conta-nos.

Conheça melhor a nossa convidada desta DEEP TALK.

Qual foi o episódio mais marcante do seu percurso profissional até hoje?

Felizmente, tive a sorte de ter muitos momentos que me inspiraram, mas, sem dúvida, no meu percurso há um antes e um depois da Farfetch. Isso advém do facto de ter encontrado uma empresa com uma cultura revolucionária, onde sou eu própria e tenho espaço para dar o melhor de mim. Uma cultura de ambição contagiante, com um drive para a inovação, que abre um mundo de possibilidades e dá espaço para fazer acontecer.

O que mais gosta na sua profissão?

O facto de não ter dias iguais uns aos outros, o espaço para a inovação e para a criatividade. Acima de tudo, o facto de pensar que quando trabalhamos em customer branding estamos a influenciar comportamentos, o que é muito aliciante, e quando trabalhamos em employer branding estamos potencialmente a influenciar decisões que mudam vidas e rumos profissionais. Isso é fantástico. Neste sentido, o trabalho de construção de marca tem que ser absolutamente autêntico e não um exercício publicitário.

Descreva um dia típico seu.

Sou mãe e, por isso, as primeiras horas do dia são divididas entre o cuidar de mim e o cuidar dos filhos. Assim que me ligo ao trabalho, o meu dia começa sempre com 5 a 10 minutos de comunicação com a equipa. Somos uma equipa dividida por dois países, por isso, há muito tempo, mesmo antes da pandemia, que estabelecemos um ritual diário de bons dias e conexão remota que nos permite sentir que estamos a trabalhar na secretária ao lado uns dos outros, mesmo que estejamos em geografias completamente diferentes. Depois, entre reuniões de planeamento, há reuniões de projetos específicos em que me envolvo diariamente. O tempo passa a correr e não tenho propriamente um dia típico. Felizmente, não tenho muitos dias uns iguais aos outros.

Que tipo de questões e dúvidas recebe mais em relação à Farfetch?

Das mais variadas, mas diria que da parte dos meios em Portugal, as maiores dúvidas relacionam-se com os resultados financeiros da empresa. Não há, ou há muito poucas empresas em Portugal a crescerem a dois dígitos e a investirem como a Farfetch e, portanto, há alguma dificuldade em entender que as rubricas de resultados não podem ser vistas de forma isolada e têm que ter em consideração a visão de longo prazo da empresa.

Como está organizada a estrutura e que posições existem na Farfetch em Portugal?

Na Farfetch em Portugal existem duas grandes áreas da plataforma, tecnologia e operações, e também muitas áreas de suporte ou serviços. No site da Farfetch há dezenas de oportunidades incríveis em diferentes áreas do negócio e que integram estruturas e áreas funcionais absolutamente internacionais, o que por si só é uma oportunidade interessante, porque significa que há uma exposição a um conhecimento e a um desenvolvimento profissional que é pouco comum no País.

O que deve fazer alguém que gostava de trabalhar na Farfetch? Faz sentido abordar os RH no Linkedin?

A primeira porta de entrada é o nosso site carreiras. Lá encontram-se todas as oportunidades disponíveis em todas as áreas funcionais e em todos os países onde temos vagas abertas. Diria que o primeiro passo seria esse: conhecer as oportunidades e saber como funciona o processo de recrutamento.

Que conselhos daria a quem gostaria de seguir uma carreira como a da Andreia?

Aprender sempre e, para tal, é preciso manter a mente aberta e encarar cada interação como uma oportunidade de aprendizagem. Acho que as pessoas se focam demasiado na aprendizagem formal. O impacto daquilo que aprendemos on the job, na interação com os outros, é enorme e, por vezes, subvalorizado.

Como cultiva o networking?

Os eventos são naturalmente espaços de partilha, de encontro de ideias e pessoas de diferentes áreas e setores de atividade. Por isso, são o motor de networking e o ponto de encontro com profissionais de diferentes áreas e indústrias.

Que tipo de meios consome para se manter informada?

Leio diariamente jornais, mas cada vez mais sou consumidora ávida de podcasts, não tanto para me manter informada sobre a atualidade, mas sobretudo para me inspirar, para conhecer outras perspetivas, para aprender com as experiências dos outros. Depois, naturalmente, leio o Business of Fashion, um meio muito especializado e uma referência para a indústria da moda global.

Quais são as principais tendências do mercado do Luxo? Que novas oportunidades deteta para o surgimento de novas marcas?

Acho que o mercado do luxo está menos conservador essencialmente porque o consumidor de luxo tem vindo a mudar. Isto abre um mundo de oportunidades para marcas novas, mas também para as marcas existentes. O mercado do luxo, que é um mercado que valoriza a heritage, hoje vive cada vez mais de mãos dadas com uma criatividade disruptiva e com a inovação aliadas à tradição..

Que oportunidades de trabalho existem dentro do setor da Luxo em Portugal?

Portugal, pela sua dimensão, não é naturalmente um mercado forte no setor do luxo. No entanto, existem algumas oportunidades e as marcas de escala global que operam no País terão naturalmente mais oportunidades disponíveis.

Se pudesse escolher outra profissão, o que seria?

Gostava de experimentar trabalhar em cinema, entre o argumento e a realização. Adoro a magia da história contada através de uma câmara, adoro a magia do cinema de animação e gostava muito de escrever para cinema.

Que conselhos daria a si mesma se tivesse 25 anos?

Que há poucas coisas que devemos temer a nível profissional, que devemos arriscar, sempre, seja qual for a nossa idade, mas ainda mais quando temos 25 anos e um mundo para conhecer e experimentar. Só isso nos permite explorar todos os territórios e encontrar aquilo que realmente gostamos de fazer e que nos faz felizes.

O que se vê a fazer daqui a 5 anos? E daqui a 10 anos?

Não sei. O mundo muda demasiado depressa para fazermos planos a tão longo prazo. Se for feliz como sou hoje, então provavelmente estarei a fazer a mesma coisa. No fundo, aquilo que faço há quase 20 anos, mas que é diferente todos os dias e foi mudando ao longo dos anos, ao mesmo ritmo que mudam as indústrias, as tecnologias, o marketing, a comunicação, as tendências.

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