Gerir a vida, gerir as incertezas, gerir inclusive as certezas. Porque estas por vezes causam-nos confusão. Aprendemos mais com as incertezas do que com as certezas, se me permite. No entanto, é normal que procuremos certezas na nossa vida, para conseguirmos assim obter alguma tranquilidade, alguma paz, alguma sensação de conforto e segurança.
Era aqui que eu queria chega: o tema “segurança”. Será que realmente conseguimos “segurar” alguma coisa na nossa vida? Será que realmente algo é certo para sempre? E será que o verbo “segurar” é algo bom?
Não é, acredito que concorde comigo. Nem a relação que temos connosco mesmos é certa. O que é certo é a vida ser instável, e cabe a nós traçarmos alguma estratégia para gerir essa instabilidade.
E nessa estratégia devemos conseguir distinguir entre teimosia e resiliência, porque em contexto de teimosia acreditamos que vamos atingir o que mais queremos se continuarmos sempre a fazer o mesmo. Em contexto de resiliência, mudamos como fazemos as coisas para conseguir chegar ao resultado que queremos. Isto é estratégia, o que até certo modo se pode assemelhar a “amor-próprio”.
Gerir recursos, gerir conquistas, gerir a vida. Gerir o que pode faltar e gerir também o que temos em demasia. Nada que não passe ao lado do conceito de “equilíbrio”, que tanto procuramos.
Bom, deixemos de jogar com conceitos, e passemos à mensagem propriamente dita.
Não sou uma pessoa que acredite em positivismos extremos. Acredito no trabalho, na intenção, e na nossa força interior. Mas não acredito só no sonho. “O sonho comanda a vida” juntamente com a mentalidade certa e com a capacidade de entrar em ação. O sonho só por si não nos traz resultados.
Temos de parar para pensar. Pensar no que realmente queremos para a nossa vida, tomar decisões, olhar para dentro e perceber se estamos felizes ou disfarçamos uma falsa felicidade em prol da felicidade de alguém.
No que toca à gestão de carreira ou da nossa vida, olhe para dentro de si primeiro. Só assim a estratégia ajudará a superar os desafios que inevitavelmente enfrentará. Só assim vai gerir-se a si, aos seus recursos e aos seus pensamentos (que recurso valioso este!).
Agora atrevo-me a fazer uma pergunta: o que o tem impedido de olhar para si e de definir a estratégia certa?
Não sonhe apenas. Concretize.