Angelina Jolie trouxe todas as atenções para o cancro mamário quando decidiu fazer uma dupla masectomia, a atriz fez diversos exames e descobriu que tinha um gene ‘defeituoso’ (o gene BRCA) o que juntamente com o historial médico da sua família fazia com que a atriz tivesse mais de 87% de hipóteses de contrair cancro de mama.
Segundo a pesquisa, a decisão de Angelina foi louvável mas ainda é preciso criar uma maior consciencialização para a doença. A pesquisa sugere que apesar de muitas mulheres apoiarem e entenderem o acto da atriz, a maioria continua sem ter noção da importância da genética no aparecimento do cancro, ou seja, a notícia não produziu um novo entendimento por parte do público.
O estudo foi feito pela University of Maryland School of Public Health em conjunto com a Johns Hopkins School of Public Health e concluiu que mais de 2500 americanos, ou seja três quartos da população americana, soube da história da atriz. Contudo, menos de 1 por cento soube responder corretamente às perguntas sobre o gene cancerígeno que pode ser transmitido geneticamente.
“Sinto que foi uma oportunidade perdida para educar o público sobre uma rara e complexa situação de saúde”, desabafou a principal autora do estudo, Dina Borzekowski.
“O número de mulheres sofrem de cancro mesmo sem antecedentes genéticos na família continua a crescer, é importante perceber que isto não significa que estão fora de perigo só porque não têm antecedentes genéticos da doença”, acrescentou a doutora Debra Roter, a co-autora do estudo.