O conceito da dieta da saúde planetária não é baseado em nenhum regime alimentar já existente, mas sim no bom senso. Este plano aconselha a que, na nossa alimentação diária, seja reduzido o consumo de carne e açúcar, e aumentado o de frutas e vegetais. Tudo isto, em nome da nossa saúde, mas também da do planeta.
Uma comissão global de 37 especialistas em nutrição, agricultura, economia, saúde e governo, revelou recentemente que, caso o consumo de carne nas nossas dietas fosse reduzido para cerca de metade, e fossem privilegiados os alimentos referidos acima, seriam prevenidas 11 milhões de mortes prematuras por ano.
Além disto, o planeta também seria beneficiado. “As dietas atuais estão a exigir mais que os limites do planeta, além de causarem problemas de saúde. Isto coloca tanto as pessoas, como o planeta, em risco“, pode ler-se num comunicado da comissão.
Walter Willett, especialista em nutrição da universidade de Harvard, acrescenta, “As dietas mundiais têm de mudar drasticamente. Temos mesmo de mudar no sentido de uma maior produção de alimentos saudáveis, não só pela nossa saúde, como também pelo planeta”, baseando-se nos resultados do estudo que o grupo de especialistas conduziu durante três anos.
O especialista refere ainda que uma dieta consistente deve ter uma quantidade de calorias apropriada a cada pessoa, e uma ingestão de plantas e frutas variadas. Além disso, deve incluir um número reduzido de produtos de origem animal, de comidas processadas, grãos refinados e açúcares, e dar preferência a gorduras não-saturadas.