Tem o hábito de comer compulsivamente depois de situações estressantes? Nesse caso, a que alimentos recorre em primeiro lugar? Nutricionistas argumentam que as habituais escolhas ‘reconfortantes’ de doces e frituras podem, na verdade, ter efeitos adversos e complicar a ansiedade em vez de a minimizarem.
De facto, estudos da Sociedade Psicossomática Americana e do Departamento de Psicologia da Escola Médica de St. George, em Londres, revelam indícios de que o stresse está associado ao maior consumo deste tipo de alimentos, naturalmente prejudiciais para a saúde e que não contribuem em nada para a diminuição destes sintomas.
É preciso ter em conta que as componentes dos alimentos que ingerimos interferem com os processos químicos e hormonais do nosso cérebro. A nutricionista Chloe Brotheridge, autora do livro ‘A Solução da Ansiedade’, alerta para o facto dos doces, por exemplo, serem prejudiciais, na medida em que a queda dos níveis de açúcar depois do consumo destes produtos é causa frequente de ansiedade.
É desta de outros nutricionistas que nos chegam dicas para combater a ansiedade: que alimentos preferir, quais aqueles a evitar e ainda quais os hábitos a manter para uma vida saudável e livre de stress.
Chloe Brotheridge recomenda uma dieta rica em alimentos probióticos, que ajudam a combater o cortisol, uma hormona ligada à ansiedade – alho, cebola, ervilhas, abacate e espargos são excelentes fontes. Recomenda ainda o consumo intensivo de couves e brócolos, bagas e nozes, óleo de coco, gengibre, e alimentos ricos em ómega 3 – peixes como a sardinha ou o salmão, por exemplo.
A evitar, estão os suspeitos do costume: frituras (com particular ênfase nas batatas fritas), gorduras hidrogenadas presentes em bolos ou bolachas doces, açúcar e carnes processadas, como o bacon.
Já a investigadora Trudy Scott, autora d’A Solução Alimentícia Anti-Ansiedade’, recomenda, a par de uma dieta equilibrada e com a frequência adequada, se evite o glúten, laticínios e grãos, com preferência por proteína animal de qualidade e um controlo dos níveis de açúcar no sangue.
A estes, William Cole, da Universidade da Califórnia do Sul, acrescenta o consumo de ostras, peru e carnes internas, como fígado. Recomenda também chá de camomila, o tempero das refeições com açafrão, e chocolate negro.